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Mostrando postagens de maio, 2018

Filme (4.5): "A Liberdade é Azul", 1993, 1995 e 2018, Suiça, Polônia, França

Lançamento 1993 Direção de Krzysztof Kieslowski Elenco com Juliette Binoche, Hélène Vincent, Emmanuelle Riva mais Drama Suiça, Polônia, França      Jakson Böttcher, O Jacó Box, às 21:00      Tal como de costume nas trilogias cinematográficas comentadas neste caderno de cinema, apesar de deste "A Liberdade é Azul" ser o primeiro da trilogia de Kieslowski será ele o último a ser apresentado por aqui, encerrando a extraordinária Trilogia das Cores: "A Liberdade é Azul" [1993] - Quatro e Meia Narigadas!  " A Igualdade é Branca " [1994] - Quatro Narigadas! " A Fraternidade é Vermelha " [1994] - Cinco Narigadas!     Esta primeira produção dos três filmes de Kieslowski é talvez a mais intimista, pois a personagem interpretada pela ainda jovem  Juliette Binoche  sofre praticamente sozinha as dores da perda trágica do seu esposo. Porém, é justamente este o ponto de Kieslowski: Julie (Binoche) depura a morte de seu esp

Filme (4.0): "Trilogia Paraíso: Fé", 2012, 2018, França, Áustria, Alemanha

Lançamento 2012 Direção de Ulrich Seidl Elenco com Maria Hofstätter, Nabil Saleh Drama França, Áustria, Alemanha      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 21:00      Encerrando a famigerada Trilogia Paraíso do austríaco Ulrich Seidl, este "Fé", que é o primeiro da sequência, é sem dúvidas a melhor produção dentre as três: "Fé", "Amor" e "Esperança".     Muito da boa qualidade do filme se passa pela ótima e até mesmo perturbadora interpretação da personagem da atriz Maria Hofstätter, pois ela expressa o sentimento de "fé" de uma forma incômoda, obviamente exagerada, contudo de um jeito complexo que pode chegar ao ponto de confundir o espectador: seria realmente esta a forma mais contundente da expressão da fé religiosa? Seria?     Talvez sim, uma das formas mais exageradas de se seguir uma religião seja realmente tal como faz a personagem de Hofstätter, contudo, se for considerado a interpretação ao pé da

Filme (3.0): "Trilogia Paraíso: Amor", 2012, 2018, Áustria, Alemanha, França

Lançamento 2012 Direção de Ulrich Seidl Elenco com Margarete Tiesel Drama Áustria, Alemanha, França      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 20:00      Não podemos esquecer que Ulrich deturpou a visão do amor neste segundo filme da " Trilogia Paraíso : Amor", e obviamente o entendimento dele para este sentimento pode ser bastante contestado, todavia, a boa qualidade cinematográfica da produção é provavelmente indiscutível.     A personagem interpretada pela excelente atriz Margarete Tiesel é a mãe da personagem do segundo filme (a gordinha de "Esperança") e o momento temporal desta história é exatamente o mesmo das outras duas produções, e aqui é ela quem sofre com o "amor" dos nativos quenianos enquanto hospeda-se num luxuoso hotel na África.     Talvez este seja o filme mais trabalhoso da trilogia, pois há muitas tomadas externas e cenas que se passam em ambientes abertos e com uma maior quantidade de atores/personagens,

Filme (2.5): "Trilogia Paraíso: Esperança", 2013, 2018, França, Áustria, Alemanha

Lançamento 2013 Diretor  Ulrich Seidl Elenco com Melanie Lenz, Verena Lehbauer, Joseph Lorenz Drama França, Áustria, Alemanha      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 22:00      Uma das diferenças que mais distanciam a arte cinematográfica das produções de seriados (TV, Netflix, etc.) é o fato dos produtos cinematográficos normalmente funcionarem de forma isolada, de modo que cada filme produzido tem começo, meio e fim. Mas, obviamente esta característica não é unanimidade nas produções de cinema, e há exemplos de muitas histórias que foram e são contadas através de vários e vários filmes, a citar a mega recente sequência dos filmes da Marvel Estúdios - "Os Vingadores" -, além de diversas outras novas e antigas, tal como "O Senhor dos Anéis", "Harry Potter", "O Poderoso Chefão", dentre várias outras.      Contudo, ainda há aqueles filmes que não contam uma história grande de forma segmentada, mas sim que de algum je

Filme (4.5): "Submersão", 2018, 2018, EUA

Lançamento 2018 Direção de Wim Wenders Com James McAvoy, Alicia Vikander, Alexander Siddig Suspense, Romance EUA      Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor Novo Batel, às 21:00      Há poucas dúvidas que um dos temas mais explorados no cinema é o romance, especificamente daquela história entre pessoas que julgam cultivar amor entre elas, e talvez isso ocorra pois este também deve ser um dos temas, por assim dizer, mais desejados e procurados pelo próprio ser-humano, obviamente.      Todavia, por muitas vezes as produções hollywoodianas vem tratando esta temática com muitos filmes de comédias românticas, cheias de clichês e que acrescentam muito pouco para a arte do cinema, criando inclusive um certo preconceito ao tema, especialmente para os amantes da arte (tal como eu) que gostam de curtir novas histórias, novas temáticas, novas formas de contar um filme. Felizmente este "Submersão", dirigido pelo consagrado alemão Wim Wenders consegue contar

Filme (3.0): "Depois de Horas", 1985, 2018, EUA

Lançamento 1985 Direção: Martin Scorsese Elenco com Griffin Dunne, Rosanna Arquette, Verna Bloom Comédia EUA      Jakson Böttcher, O Jacó Google Play, às 20:00      O escritor português José Saramago falecido em 2010 publicou no ano de 1997 o livro "Todos os Nomes", e nele contava a história de José, um escrivão que solitariamente aventurou-se numa íntima jornada buscando amenizar a chatice de sua vida.       De lá para cá este editor de cinema costuma buscar obras artísticas - cinematográficas, literárias, etc. -  que tenham esta temática do homem comum que de alguma forma agita a sua vida, propositalmente ou não. Um exemplo de sucesso é o filme "A Fome" [1966], que baseado no livro escrito por Knut Hamsun é um dos filmes mais angustiantes que assisti. Outro exemplo, porém agora um pouco mais recente é o estrelado por Robert Redford " Até o Fim " [2014], que tal como este "Depois de Horas" também é um excelente

Filme (4.0): "A Igualdade é Branca", 1994, 2018, Polônia, França, Suíça

Lançamento 1994 Direção de Krzysztof Kieslowski Elenco com Julie Delpy, Zbigniew Zamachowski, Janusz Gajos Drama, Comédia, Romance Polônia, França, Suiça      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 09:00      Em continuidade a revisita à trilogia das cores de Kieslowski, visto que já assisti a estes três filmes lá na longínqua década de 1990, este segundo filme "A Igualdade é Branca" é sem dúvidas o mais leve, o menos dramático dos três, talvez seja o mais cômico e até mesmo o mais divertido dentre eles.      A história pode ser equivocadamente entendida como uma vingança do personagem estrangeiro Karol (Zbigniew Zamachowski) contra sua ex-esposa Dominique (Julie Delphy novinha, novinha), mas certamente acertará quem entender que trata-se de uma forma de redenção forçada da personagem ex-esposa, no caso, forçada pelo Karol, que numa trama engenhosamente arquitetada faz com ela entenda que eles são muito mais iguais do que ela imagina.      O que

Filme (1.5): "Amante por Um Dia", 2018, 2018, França

Lançamento 2018 Direção de Philippe Garrel Elenco com Eric Caravaca, Esther Garrel, Louise Chevillotte Drama França      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 22:00      A arte cinematográfica para este editor deste caderno de cinema é entendida realmente como arte, que por vezes educa, entretém, mas que substancialmente deve germinar sentimentos. Este é o valor mais relevante de qualquer obra artística para mim: gerar sentimento.     Bom, a partir deste rápido rascunho de contexto, este "Amante Por um dia" não conseguiu chegar, alcançar, brotar nenhum sentimento, nem como obra artística, nem como história, enfim, um filme que não me pegou. É isso. Classificação: Uma e Meia Narigadas!

Filme (4.5): "1945", 2018, 2018, Hungria

Lançamento 2018 Direção de Ferenc Török Elenco com Péter Rudolf, Bence Tasnádi, Tamás Szabó Kimmel Drama Hungria      Jakson Böttcher, O Jacó Novo Batel, às 13:50      Dentre inúmeras consequências da Segunda Guerra Mundial não há dúvidas que a questão judaica é uma das mais relevantes. Sabidamente praticamente toda a Europa motivada pelos ideais e pela força de Adolf Hitler tornaram os judeus um povo malquisto, que foram deslocados de suas casas, trabalhos e acomodações e acondicionado em campos de refugiados ou ainda simplesmente expulsos de suas comunidades e cidades, além, é claro de também terem tornado-se um povo que precisa fugir, principalmente com vistas a proteger-se, a sobreviver.      Quando do fim do conflito em 1945 e também da consequente "liberdade" do povo judaico, um problema estabeleceu-se: em que local este povo que foi arrancado de suas casas voltaria a viver? Depois de anos de guerra as suas propriedades estariam disponí