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Mostrando postagens de março, 2020

Filme (3.0): "O Hospedeiro", assistido 2020, estreia 2006, Coréia do Sul

2006, Fantasia, Ação, Drama, Coréia do Sul Direção de Bong Joon Ho Elenco com Song Kang-Ho, Hie-bong Byeon, Park Hae-il      Jakson Böttcher, O Jacó Netflix, às 22:00      Cinematograficamente este ano de 2020 foi marcado na história como o ano em que um filme não falado em inglês ganhou o prêmio de melhor filme na premiação mais conhecida do mundo, o Oscar. O filme premiado foi o sul-coreano "Parasita" do diretor "Bong Joon Ho" que também recebeu o Oscar de melhor diretor.      A produção e o diretor sul-coreanos alcançaram aquilo que nenhum outro tinha conseguido nas outras 91 edições da premiação do Oscar, e isto é resultado de uma política pública daquele pequeno país oriental, que dentre várias ações promoveu após uma dura ditadura militar que começou nos idos dos anos de 1960, cotas de tela, incentivo ao cinema deste a escola e também de poderosos investimentos públicos.      Porém, como este "Hospedeiro" de 2006 pod

Filme (2.0): "O Céu de Suely", assistido 2020, estreia 2006, Brasil

2006, Brasil, Drama,  Direção de Karim Aïnouz Com Hermila Guedes, Marcelia Cartaxo, Zezita Matos, João Miguel      Jakson Böttcher, O Jacó Looke, às 22:00      Dentre vários, o cinema para mim tem dois importantes vieses: o tema discutido, ou seja, quais são os assuntos que a história se propõe a debater, mesmo que seja somente citando-os, sem respostas, sem análises; e do estético áudio-visual, ou seja, do emprego do áudio e da fotografia, com a intenção de sensibilizar o espectador.     Gosto de citar o recente "O Retrato de Uma Mulher em Chamas", que é capaz de emular no espectador o sentimento da paixão vivida entre as duas personagens, através de uma beleza estética impressionamento, emocionante. Também, agora pelo lado do áudio, os exemplares do cinema espaguete do italiano Sério Leone, com destaque para os três filmes da Trilogia dos Dólares, chocam pela extrema beleza da trilha sonora desenhada por Ênio Morricone.     Pois bem, usando

Filme (3.0): "Corpus Christi", assistido 2020, estreia 2020, Polônia

2019, Drama, Polônia Direção de Jan Komasa, elenco com  Eliza Rycembel, Aleksandra Konieczna, Tomasz Zietek      Jakson Böttcher, O Jacó Torresmo, às 22:00      Dentre os cinco filmes que disputaram neste ano de 2020 ao Oscar de Melhor Filme Internacional o único que é não originário do continente europeu foi o vencedor Sul Coreano "Parasita", que disputou com o francês "Os Miseráveis", o macedônico "Honeyland", o espanhol "Dor e Glória" e com este polonês "Corpus Christi".      O filme polonês suscita uma interessante discussão sobre a fé, no qual os habitantes locais de uma pequena cidade na Polônia são colocados diante de um dilema que é o embate dos valores cristãos - misericórdia, amor, etc. - com a realidade, com perdão, com a culpa, e sem dúvidas os resultados desta contradição de valores e crenças é que tornam o filme um bom exemplar cinematográfico.      Outra importante discussão diz respeito a

Filme (3.5): "Judy - Muito Além do Arco-Íris", assistido 2020, estreia 2020, Reino Unido

2020, Biografia, Drama, Reino Unido Direção de Rupert Goold, com  Renée Zellweger, Jessie Buckley, Finn Wittrock      Jakson Böttcher, O Jacó Torresmo, às 22:00      Um texto como este que vou escrever aqui, com um pouco das impressões que fiquei sobre este vencedor do Oscar 2020 de Melhor Atriz entregue merecidamente para Renée Zellweger, pode contradizer algumas observações que faço corriqueiramente sobre o cinema.      Este filme é um exemplar muito comum na indústria do cinema dos EUA: produções que contam a história de um ícone estadunidense - seja político, social, esportivo, cultural, etc.) e que numa montagem áudio visual muito pouco inventiva, até mesmo sem graça, revelam para o mundo algumas das intimidades de pessoas importantes, no caso da atriz Judy Garland que interpretou no início de sua carreira a personagem Doroty do filme "O Mágico de Oz".     E é este justamente o ponto positivo do filme: desvelar os sentimentos, especialmen

Filme (5.0): "Gosto de Cereja", assistido 2020, estreia 1997, Irã, França

1997, Irã, França, Direção de  Abbas Kiarostami Elenco com Homayoun Ershadi, Ahdolrahman Bagheri, Safar Ali Moradi      Jakson Böttcher, O Jacó TeleCine, às 18:00      Em meados do ano de 2013 eu assisti ao filme "O Vento Nos Levará"  do diretor iraniano Abbas Kiarostami, mas não sou capaz de me lembrar dos motivos - ou do motivo - que me levou a tal feito, mas certamento posso dizer que inesquecível foi a experiência cinematográfica. E isso ocorreu pois vários anos depois eu consigo sentir o que senti na época, e relembrei este sentimento recentemente depois de ver este "Gosto de Cereja", filme que na época me recordo de não conseguir encontrá-lo.      Neste filme de 1997, visto que o "Vento Nos Levará" é de 1999, fui engolido pela agonia. O personagem principal busca uma pessoa para ajudá-lo num, digamos, audacioso projeto, mas precisa convencê-los, precisa contra-argumentar com eles, que sistematicamente se recusam, mesmo