Cheiro de Cinema

   Uma tarde de sábado chuvosa junto de uma preguiça digna de Macunaíma me fizeram assistir "O Quarteto", primeiro filme dirigido pelo renomado ator estadunidense Dustin Hoffman, e felizmente foi muito agradável... Inclusive, o filme continuou no ritmo daquele gostoso dia.    A história se passa numa "casa de repouso" para antigos músicos aposentados, que anualmente fazem uma festa e suas performances rendem a permanência da casa no resto do ano.    O filme é leve, sem perdas - considerando que estamos falando de um monte de idosos - e com um sútil e agradável romance, além é claro de belas apresentações musicais.    Vale para um sábado Macunaímistico. Fonte destas notas: www.adorocinema.com

Classificação: 1/2 Narigada!     O pior filme que já assisti foi "Evolução" , porém, este "Resgaste em Alta Velocidade" compete nariz a nariz!     Se tirarmos as ridículas perseguições, sobra 5 minutos de filme, dos quais quatro e meio minutos Selena e Ethan travam diálogos dignos de novelas da Record.      Dei meia narigada porque sou fã de Ethan Hawke, mas Selena Gomez e o roteiro - história - deste maledito filme são dignos de cheirada nenhuma. 

   Diferente do que diz o cartaz promocional do filme -"Você pode mudar sua vida em um instante" - o grande mérito do filme é ser um romance dentro de outro romance, no qual o romance protagonizado pelo personagem principal, o professor de latim, serve somente no final (que inclusive é muito lindo) e, aquele relatado e desvendado pelo professor acaba sendo o que há de melhor no filme.    Um monótono professor de latim salva uma desesperada moçoila do suicídio e recebe em troca - sem a intenção de ambos - um livro que o levará a "mudar a sua vida". Este livro foi escrito por um dos protagonistas da revolução que tentara acabar com um regime ditatorial em Portugal, ocorrida nos idos dos anos de 1970. Dentro desta luta ideológica há o relato de um caso amoroso tradicional, porém muito bem relatado no filme e lindamente descoberto pelo professor de latim.    O filme é belíssimo, com ótimas atuações e muito bem contextualizado na história portuguesa e

Classificação: 3 Narigadas!   Lars Von Trier é um cineasta excêntrico. Suas obras nunca passam impunes pelo cinema, pois frequentemente recebe críticas dos espectadores, ou do mundo dos negócios cinematográficos, ou ainda de seus fãs... Me incluo neste último caso - já que me considero um fã da obra de LVT. Há inúmeras especulações sobre esta filme. As principais do background são originadas justamente pelo diretor, que produziu um filme com quase 5 horas e com fortíssimas cenas de sexo explícito - fortíssimas para o cinema, mas com certeza "amadoras" para os xvídeos. Porém, o cinema comercial como conhecemos não admitiria um filme tão longo e nem tão pornográfico e, por isso o filme foi dividido em 2: rachado no tempo e poupado das piores cenas (!)... Apesar disso dizem que no fim de 2014 sairá a versão do diretor - completa.    O filme foi muito bem divulgado. Há inúmeros trailers, cartazes, notícias em veículos especializados em cinema, enfim, o fi

   Há sempre muito a se dizer quando gostamos de um filme, e sobre "A Vida Secreta de Walter Mitty" não seria diferente. Este filme é bastante profundo e se você quiser há inúmeros caminhos reflexivos possíveis, principalmente aqueles que levam para uma guinada de uma vida insatisfeita, ou uma motivação para curtir as pequenas coisas que a vida proporciona (!)... No fim, vou versar um poquito sobre um destes caminhos: os bons detalhes da vida.    O filme deve ter gerado uma discussão polêmica devido a uma cena quase do final, quando um raro e soturno felino estava no alvo da câmera fotográfica de Sean - o mais renomado fotógrafo da revista Time - e, que ao ser questionado por Mitty - o herói do filme - porque Sean não bateu a foto e registrou o momento, recebeu a resposta de que aquele momento tão especial não carecia de registro físico, e sim somente aquele registro que ficaria nas memórias dos dois que o estavam presenciando.    Uma intensa refl

    "Hobbit: A Desolação de Smaug" é o segundo filme da trilogia no cinema do Hobbit - histórias baseadas nos livros e contos de J.R.R. Tolkien.     Tenho certeza que para os fãs da Terra Média - tempo e local onde se passam as histórias de Hobbit e Senhor dos Anéis - o filme deve ser um deleite, um "plus a mais" de tudo que gira em torno da saga do Anel, porém, para os não fãs, este segundo filme é apenas um filme incompleto, que começa com sentido, apesar de fazer muito mais sentido como complemento do primeiro filme e termina totalmente incompleto e bruscamente, sem um fim... Fim, que só será possível daqui a um ano quando a saga Hobbit terminar no cinema no seu terceiro e derradeiro filme.     Visualmente o filme continua perfeito, tal como aconteceu no primeiro. Este também assisti no 3D do IMAX e não me arrependi (os comentários que fiz no primeiro são ainda muito válidos) .     Em resumo, um filme bonito, e com uma história que te envolve do começ

   Quando assisti "Redentor" duas vezes no cinema, em 2004, devo ter pensado: "agora o cinema brasileiro vai! Não, na verdade agora o cinema brasileiro foi! Deu o salto que todo cinéfilo tupiniquim sonhou e agora teremos um cinema de dar orgulho!"... Pois é, doce sonho. Como pode termos regredido - ou deixarmos de progredir - tanto após termos conseguido realizar grandes obras tal como "Redentor"? Não sei a resposta, mas uma coisa tenho absoluta convicção: "Redentor" é uma das melhores obras brasileiras. O elenco de "Redentor" é muito bom, inclusive, está centralizado na família do diretor  Claudio Torres - filho de Fernanda Montenegro e Fernando Torres, que também estão no filme. Além da famiglia, o elenco contém Pedro Cardoso, Miguel Falabella, Camila Pitanga, Stênio Garcia, Lúcio Mauro, José Wilker, dentre outros e, este excelente elenco está tão bem alinhado que acabam sendo o destaque do filme.    A trama g