Cheiro de Cinema

"Retrato de Uma Jovem em Chamas", França O melhor filme de 2020!      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 15:00       O ano de 2020 não será esquecido pela humanidade, e se alguma coisa pode ter sido considerada boa, certamente seria o cinema. Na verdade, não na definição mais precisa da palavra, que representa um local físico, um espaço onde as pessoas reúnem-se para assistir a uma obra cinematográfica, mas no sentido da arte, da produção de artística chamada cinema.      E quando a possibilidade de estar no ambiente físico do cinema não é possível e a vontade de sensibilizar-se pelo efeito desta arte não diminui, felizmente podemos fazer o uso da tecnologia, e sem dúvidas neste ramo a transmissão digital dos filmes foi o meio para que os cinéfilos pudessem não se desapegar do cinema.     Curiosamente o filme mais curtido no ano que passou pelo editor deste caderno de cinema foi um que ainda foi assistido no cinema, especificamente no Cine Passeio, lá em meados de Janeiro:

África do Sul, Itália, Lesoto, 2020 Direção de  Lemohang Jeremiah Mosese Elenco com Jerry Mofokeng, Mary Twala Drama      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 22:00      No modo de vida consumista que vivemos, no qual sempre há a expectativa de sempre ganhar mais, ter mais, gastar mais, usufruir mais, acumular mais, o sentimento de infinitude parece emanar por entre nós, contudo se a racionalidade der suas caras, ao menos que minimamente, é possível perceber que valerá a lei de Lavoisier: "na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".     No caso e no filme em questão, o modo de vida de uma tribo na África, junto da sua cultura, junto da sua religiosidade, junto de seu povo, de seus familiares vivos e lá enterrados, será transformada numa hidroelétrica para que uma outra comunidade, um outro emaranhado de pessoas possam continuar a aumentar o seu consumo, de modo que haja recursos para a manutenção do modo de vida de uma grande cidade.  

2020, EUA, Reino Unido, Índia Direção de Aaron Sorkin Elenco: Yahya Abdul-Mateen II, Sacha Baron Cohen, Joseph Gordon-Levitt      Jakson Böttcher, O Jacó Netflix, às 22:00     "Os Sete de Chigado" é mais uma produção hollywoodiana que faz um relato interno sobre a guerra do Vietnã, mostrando de um ponto de vista do interior americano, de como as instituições formais dos EUA (polícia, corte jurídica, mídia, sociedade civil, promotoria, etc.) encararam os problemas que foram gerados dentro do país naquele período de guerra.    Como relato histórico a produção tem seu valor, especialmente para apresentar para quem for assistir, especialmente aqueles que estiverem fora do país, de como se comportaram as instituições e a sociedade naquela época, contudo como produção cinematográfica o resultado é exatamente mais do mesmo, nada além de tudo que já foi produzido sobre filmes de tribunal, filmes de guerra, filmes políticos dos EUA.     Inclusive, o seu final "lacra

Direção: Claude Berri Elenco:   Ticky Holgado, Margarita Lozano, Marc Betton      Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor Torresmo, às 22:00      Na semana que passou este caderno de cinema apresentou ao filme "Jean de Florette", a primeira parte desta produção que se encerra neste "A Vingança de Manon", e como formalmente são dois filmes, mas na prática trata-se de uma história única, um pro forma obrigou duas publicações, mas na prática são publicações iguais. É a vida!       Enfim, o texto abaixo é o mesmo do filme anterior.          Recentemente neste caderno de cinema começaram a surgir alguns textos escritos em primeira pessoa, e esta mudança se deu especialmente pela percepção dos editores de que é muito mais acalentador, uma forma de tentar expressar aquilo que se sente, aquilo que sentiu durante e depois do filme curtido.        Certamente tal intento se deve ao fato destas pessoas que escrevem por aqui não serem escritores profissionais, e sem dúvidas não

Direção: Claude Berri Elenco: Gérard Depardieu, Yves Montand, Daniel Auteuil       Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor Torresmo, às 22:00     Recentemente neste caderno de cinema começaram a surgir alguns textos escritos em primeira pessoa, e esta mudança se deu especialmente pela percepção dos editores de que é muito mais acalentador, uma forma de tentar expressar aquilo que se sente, aquilo que sentiu durante e depois do filme curtido.        Certamente tal intento se deve ao fato destas pessoas que escrevem por aqui não serem escritores profissionais, e sem dúvidas não há intenção de que se imagine algo equivalente, logo, mudar a forma de escrever pode ter sido um caminho mais curto, notadamente quando faltam as palavras corretas, as artimanhas mais perspicazes, típicas do profissional da escrita.       Esta introdução se faz necessária, pois este texto tentará expressar um pouco daquilo que foi sentido por quem assistiu ao filme – no caso, aos filmes, e este plural

2020, Policial Direção de Robert Budreau Elenco com Noomi Rapace, Ethan Hawke, Mark Strong      Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor TeleCine Play, às 20:00      No longínquo ano de 2009 surgia no cinema mundial uma personagem que poderia ser considerada uma  badass, ou seja, uma forte personagem feminina que não se curva para problemas, pelo contrário, ataca quando atacada ou quando precisa: Lisbeth Salander dos filmes da trilogia "Os Homens que Não Amavam as Mulheres", interpretada pela até então desconhecida atriz sueca Noomi Rapace.     De lá para cá a atriz ganhou o mundo dos cinemas e fez muitos outros filmes, especialmente de ação, desembocando neste "Estocolomo", que apesar de homônimo a capital da terra natal de Noomi, é uma co-produção dos EUA com Canadá, e que também está estrelada pelo ator americano Ethan Hawke, um experiente ator que dentre muitas produções fez a esplêndida trilogia do "Antes do Amanhecer".    Unindo o brilhant