Cheiro de Cinema

  Classificação: 2 Narigadas e meia! Resolvi assistir novamente uma aventura ficcional à lá super heróis, tal como minha paciência já não permitia mais e, me diverti. Felizmente.

  Classificação: 3 Narigadas e meia!    Ficamos chocados ao ver Matthew McConaughey interpretando o doente que lutará contra sua eminente morte e de quebra ajudará outros que passam por problemas similares.     Destaque para  Jared Leto, que também extremamente transfigurado representa seu papel com maestria digna do Oscar que ganhou, tal como o McConaughey.

Classificação: 4 Narigadas! Brilhantes personagens. Brilhantes interpretações. Brilhante e simples história, na qual um senil senhor quer receber os seus 1 milhão de dólares ao ler um enganoso panfleto de propaganda de revistas, deixando loucos sua esposa e filhos. Filme sensível, com méritos para o destaque da deturpada relação familiar e relação desta família com a sociedade que a cerca - ou a cercou.

Classificação: 3 Narigadas e meia! Filme que representou a Bélgica no Oscar 2014, conta num formato de flashback  os momentos de dor de uma nova família composta por inusitados cantores de música norte-americana. As belas canções, e falta de melodrama - apesar de muito potencial - dão ao filme uma dinâmica muito bonita e triste. Vale a pena cada segundo.

Classificação: 5 Narigadas! Num monótono sábado chuvoso e confortavelmente aconchegado na poltrona da minha sala assisti ao italiano "As Quatro Voltas".   Este contexto é quase obrigatório para que este filme possa ser curtido na sua plenitude.  "As Quatro Voltas" versa sobre o âmago do ser humano. Fala - contraditoriamente aos seus parcos diálogos - sobre o fragmento da vida de uma pacata cidade no interior da Itália, através dos olhos de um velho senhor, do seu cão, dos seus cabritos e por fim do olhar da própria cidade.  Sensivelmente há discussão sobre a fé religiosa das pessoas, ou talvez das consequências desta fé dogmática, mas com certeza sob o ponto de vista da vida simples, sem uma crítica, sem julgar culpados ou criar vítimas. Ou seja, a vida é assim, poderia ser diferente, e a vezes é. "As Quatro Voltas" é um filme para ser assistido e não comentado. Fica o registro.

    Pessoalmente considero João Miguel e Leandra Leal a melhor dupla de atores cinematográficos do Brasil. Os exemplos mais interessantes da obra deles, citando apenas um de cada, é o "Cinema, Aspirinas e Urubus" e dela "O Homem que Copiava".    Isso provavelmente foi razão suficiente para assistir ao filme baseado na obra de Nelson Rodrigues, "Bonitinha, mas Ordinária", na qual é protagonizada pelos dois excelentes atores.   Nelson Rodrigues consegue mostrar o que há de pior no ser-humano, tanto no sentido das líbidos quanto do convívio social. Todo personagem apresentado já tem algum desvio de conduta ou está sendo persuadido para tal. Alguns deles:    Leandra Leal, a Ritinha, prostituta. Letícia Colin, Maria Cecília, bonitinha, mas ordinária! Gracindo Júnior, Dr. Werneck, rico, bem sucedido, mas escroto. Leon Góes, Peixoto, puxa saco manipulador.    Pois bem, mas o que chama mais atenção na obra do torcedor do flumin

   Descobri Akira Kurosawa através de "Dersu Uzala". Sem pretensão e totalmente sem expectativas resolvi assistir este filme por causa da inusitada união de uma verdadeira história soviética (relato do explorador russo Vladimir Arsenyev) com um diretor Japonês (Akira K.).    Numa das difíceis incursões de Arsenyev pela Sibéria, Dersu o encontra e, sem segundas intenções, coloca a disposição do russo todo o seu conhecimento e sabedoria.    O resultado gera uma verdadeira grande amizade, misturada numa interessante aventura no "mato" - como diria o próprio Dersu - além de um comovente final, não tão feliz, porém inevitável.    Akira Kurosawa sempre tem uma preocupação visual muito grande, ou seja, sempre torna seus filmes um exímio retrato visual das locações escolhidas, porém, o que mais me chamou a atenção foi o cuidado na criação dos personagens. Por exemplo, é impossível não nos afeiçoarmos à Dersu Uzala. Tal como é impossível não ficarmos