Filme (5.0): "Dersu Uzala", 1975, Japão, URSS


   Descobri Akira Kurosawa através de "Dersu Uzala". Sem pretensão e totalmente sem expectativas resolvi assistir este filme por causa da inusitada união de uma verdadeira história soviética (relato do explorador russo Vladimir Arsenyev) com um diretor Japonês (Akira K.).


   Numa das difíceis incursões de Arsenyev pela Sibéria, Dersu o encontra e, sem segundas intenções, coloca a disposição do russo todo o seu conhecimento e sabedoria.

   O resultado gera uma verdadeira grande amizade, misturada numa interessante aventura no "mato" - como diria o próprio Dersu - além de um comovente final, não tão feliz, porém inevitável.


   Akira Kurosawa sempre tem uma preocupação visual muito grande, ou seja, sempre torna seus filmes um exímio retrato visual das locações escolhidas, porém, o que mais me chamou a atenção foi o cuidado na criação dos personagens. Por exemplo, é impossível não nos afeiçoarmos à Dersu Uzala. Tal como é impossível não ficarmos abobalhados com todo o conhecimento e sabedoria dele. É convincente, é factível, é encantador.

   Enfim, como primeira experiência na obra de AK, Dersu Uzala gerou o conceito, e a avaliação dos demais filmes será balizada por esta excelente obra.

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