Cheiro de Cinema

Drama, 1993, França, Alemanha, Itália Direção de Patrice Chéreau Elenco com   Isabelle Adjani, Daniel Auteuil, Jean-Hugues Anglade      Jakson Böttcher, O Jacó Belas Artes à La Carte, às 22:00      Infelizmente há muito pouco para que se comemorar. A semana que passou foi marcada pelo agravamento da situação da pandemia da Covid-19 no Brasil, e talvez neste momento estejamos passando pelo pior momento da crise, com recordes de mortes diários com o pico de 1582 óbitos em um único dia, além da maior média móvel de mortes na semana desde o início em março em 2020.     Inclusive, nesta nova semana que começa também começará o mês de março, que ficará marcado como início da pandemia desta doença em 2020 - declaração oficial - e, infelizmente, passados mais de 12 meses, a situação está ainda pior. Há culpados? Certamente há, mas identificá-los sem dúvidas será um grande desafio, e a revelação será histórica.       Contudo, é justamente nos momentos de crise aguda que

"Nashville", 1973, EUA, Drama Direção de Robert Altman Elenco com Ned Beatty, Karen Black, Ronee Blakley      Jakson Böttcher, O Jacó Telecine, às 22:00      A semana que passou ficou marcada por mais desprezo por parte do governo federal em relação aos milhares de mortos na pandemia da Covid-19. Obviamente que deste governo incompetente não se esperava nada diferente, mas puxa, poderia ao menos mostrar um pouco de humanidade, de compadecimento? Somente neste último sábado foram mais de 1200 óbitos.            Também, e seguindo a cartilha de mentir para tentar enganar a sua catrefa, o mesmo governo genocida que agora tenta apagar suas pegadas do estímulo ao uso da cloroquina e do "tratamento precoce", enquanto deveria motivar as pessoas a fazerem o isolamento social e o distanciamento, cria nova cortina de fumaça interferindo na condução da Petrobrás ao informar que trocará o seu presidente, colocando no seu lugar mais um militar, altamente co

"Retrato de Uma Jovem em Chamas", França O melhor filme de 2020!      Jakson Böttcher, O Jacó Sofá, às 15:00       O ano de 2020 não será esquecido pela humanidade, e se alguma coisa pode ter sido considerada boa, certamente seria o cinema. Na verdade, não na definição mais precisa da palavra, que representa um local físico, um espaço onde as pessoas reúnem-se para assistir a uma obra cinematográfica, mas no sentido da arte, da produção de artística chamada cinema.      E quando a possibilidade de estar no ambiente físico do cinema não é possível e a vontade de sensibilizar-se pelo efeito desta arte não diminui, felizmente podemos fazer o uso da tecnologia, e sem dúvidas neste ramo a transmissão digital dos filmes foi o meio para que os cinéfilos pudessem não se desapegar do cinema.     Curiosamente o filme mais curtido no ano que passou pelo editor deste caderno de cinema foi um que ainda foi assistido no cinema, especificamente no Cine Passeio, lá em meados de Janeiro: