Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor. Assistido no Cine Passeio às 14:00
Além de todo o ataque a tudo que se possa considerar de humanamente e socialmente positivo que a sociedade brasileira vem sofrendo ultimamente - direitos trabalhistas; direitos das minorias indígenas, raciais, de gênero; ataques ao jornalismo; aos dados científicos e estatísticos; ataque à inteligência; ofensas à história do Brasil - a frente direitista tem na cultura uma frente especial: o cinema.
Sim, o cinema é considerado uma grande ameaça, visto que é capaz de em imagem e som desvelar as maiores atrocidades das administrações governamentais, além é claro de ser usado como uma eficiente ferramenta de propaganda. Não é possível apagar da história a ação do alemão Joseph Goebbels, que como ministro de Hitler instrumentalizou o cinema alemão para propagandear - e com sucesso - o pensamento nazista na metade do século passado.
Logo, considerando a importância de tal expressão artística, valorizar o que é bom no cinema nacional brasileiro pode ser considerado uma importante frente de resistência, e este "No Coração do Mundo" contém importantes elementos deste tipo de ação política, com destaque para a atriz Grace Passô, um exemplo de pessoa que parece fugir do estereótipo idealizado pelos conservadores de plantão: mulher e negra!
Grace Passô já é uma reconhecida atriz do teatro mineiro, mas ultimamente vem fazendo estardalhaço é no cinema. Sua atuação é sempre de uma mulher realmente resistente, mesmo que no dia-a-dia tal como em "Temporada" [2016], ou ainda como líder e heroína (anti-heroína?) como "No Coração do Mundo" [2019] e "Praça Paris" [2016].
Inclusive, este "No Coração do Mundo" é resultado da produtora Filmes de Plástico, onde Passô é uma das fundadoras, e que foi embrionado em alguns curtas do começo dos anos de 2010: Contagem [2010] e "Dona Sônia Pediu uma Arma Para seu Vizinho Alcides" [2011], que inclusive servem como extensão do que se é visto no longa.
O longa metragem é de uma delicadeza social ímpar, e o que é mais interessante não é nem a trama de ação que é revelada no terço final do filme, mas sim todo o desenvolvimento dos personagens, os diálogos entre eles, a relação das daquelas pessoas socialmente frágeis. É realmente contagiante.
Enfim, "No Coração do Mundo" é mais um ótimo exemplar do cinema nacional brasileiro. Que vive e sobreviverá.
Sim, o cinema é considerado uma grande ameaça, visto que é capaz de em imagem e som desvelar as maiores atrocidades das administrações governamentais, além é claro de ser usado como uma eficiente ferramenta de propaganda. Não é possível apagar da história a ação do alemão Joseph Goebbels, que como ministro de Hitler instrumentalizou o cinema alemão para propagandear - e com sucesso - o pensamento nazista na metade do século passado.
Logo, considerando a importância de tal expressão artística, valorizar o que é bom no cinema nacional brasileiro pode ser considerado uma importante frente de resistência, e este "No Coração do Mundo" contém importantes elementos deste tipo de ação política, com destaque para a atriz Grace Passô, um exemplo de pessoa que parece fugir do estereótipo idealizado pelos conservadores de plantão: mulher e negra!
Grace Passô já é uma reconhecida atriz do teatro mineiro, mas ultimamente vem fazendo estardalhaço é no cinema. Sua atuação é sempre de uma mulher realmente resistente, mesmo que no dia-a-dia tal como em "Temporada" [2016], ou ainda como líder e heroína (anti-heroína?) como "No Coração do Mundo" [2019] e "Praça Paris" [2016].
Inclusive, este "No Coração do Mundo" é resultado da produtora Filmes de Plástico, onde Passô é uma das fundadoras, e que foi embrionado em alguns curtas do começo dos anos de 2010: Contagem [2010] e "Dona Sônia Pediu uma Arma Para seu Vizinho Alcides" [2011], que inclusive servem como extensão do que se é visto no longa.
O longa metragem é de uma delicadeza social ímpar, e o que é mais interessante não é nem a trama de ação que é revelada no terço final do filme, mas sim todo o desenvolvimento dos personagens, os diálogos entre eles, a relação das daquelas pessoas socialmente frágeis. É realmente contagiante.
Enfim, "No Coração do Mundo" é mais um ótimo exemplar do cinema nacional brasileiro. Que vive e sobreviverá.
Classificação: Cinco Narigadas!
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