2018, México, EUA, Drama
Direção de Alfonso Cuarón
Elenco com Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Nancy García
Direção de Alfonso Cuarón
Elenco com Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Nancy García
Jakson Böttcher, O Jacó
Netflix, às 18:00
As pessoas comuns que não tem dom para expressões artísticas levam considerável desvantagens em relação aquelas que o detém e que expressam através das artes suas vidas, suas lembranças, e é isso que o diretor Alfonso Cuarón faz com maestria neste "Roma".
Cuarón que nasceu no México numa família de classe média, construiu um belo filme, lançando mão de todo o seu conhecimento técnico sobre a arte do cinema, apresentando neste filme que tem seu nome inspirado no nome do bairro onde ele morou numa cidade do México na década de 1970, que conta parte das agruras e felicidades que viveu junto de seus irmãos, mãe e especialmente de Cleo, a empregada da família que morava junto com eles e que foi interpretada pela inspiradíssima Yalitza Aparicio.
Além do precisão técnica do filme, no qual o destaque é o preto e branco muito bonito e também as tomadas de câmeras lentas muito bem desenhadas, a história que Cuarón escreveu, que apesar de autobiográfica, não tem como foco a vida dele, mas sim de Cleo.
Cleo representa Libo, Liboria Rodríguez, uma mexicana de origem indígena que cuidou do diretor quando criança, cujo nome aparece no fim do filme como dedicatória, porém, apesar de toda a história contada, Cuarón não realizou apenas uma obra artística em homenagem a Libo, ele fez algo muito mais relevante, muito maior que apenas uma homenagem.
Cuarón tornou-se uma celebridade do cinema mundial, e depois de vencer o Oscar 2014 como melhor diretor do filme "Gravidade", sua popularidade aumentou muito. Isto quer dizer que ele poderia escolher qualquer atriz para interpretar Cleo, desde aquelas com origens latinas, mexicanas (já pensei em Penélope Cruz) ou qualquer outra do grande cinema mundial, porém, e aqui explica-se a real e grande homenagem que ele fez para aquela mulher que o cuidou e que de alguma forma salvou a sua vida quando criança, ele escolheu uma nativa mexicana oriunda de tribo Mixteca: Yalitza Aparicio.
Cleo domina o filme de ponta a ponta. Sua interpretação encaixa-se com perfeição na necessidade daquela personagem, que é tímida, humilde, expressa-se de forma contida, e talvez fato dela ser uma atriz inexperiente, de expressar-se de forma contida contribuiu muito para o desempenho da personagem. E como funciona! É impossível não se cativar por Cleo, preocupar-se com ela, enraivecer-se quando é humilhada, entristecer-se quando sofre, regozijar quando ela está feliz.
O sucesso do intento de Cuarón foi tão grande que Yalitza Aparicio estampa a capa da famosa revista Vogue Mexicana de janeiro de 2019, e o clipe acima mostra que ele não errou em escolhê-la. E nós também não.
Cuarón que nasceu no México numa família de classe média, construiu um belo filme, lançando mão de todo o seu conhecimento técnico sobre a arte do cinema, apresentando neste filme que tem seu nome inspirado no nome do bairro onde ele morou numa cidade do México na década de 1970, que conta parte das agruras e felicidades que viveu junto de seus irmãos, mãe e especialmente de Cleo, a empregada da família que morava junto com eles e que foi interpretada pela inspiradíssima Yalitza Aparicio.
Além do precisão técnica do filme, no qual o destaque é o preto e branco muito bonito e também as tomadas de câmeras lentas muito bem desenhadas, a história que Cuarón escreveu, que apesar de autobiográfica, não tem como foco a vida dele, mas sim de Cleo.
Cleo representa Libo, Liboria Rodríguez, uma mexicana de origem indígena que cuidou do diretor quando criança, cujo nome aparece no fim do filme como dedicatória, porém, apesar de toda a história contada, Cuarón não realizou apenas uma obra artística em homenagem a Libo, ele fez algo muito mais relevante, muito maior que apenas uma homenagem.
Cuarón tornou-se uma celebridade do cinema mundial, e depois de vencer o Oscar 2014 como melhor diretor do filme "Gravidade", sua popularidade aumentou muito. Isto quer dizer que ele poderia escolher qualquer atriz para interpretar Cleo, desde aquelas com origens latinas, mexicanas (já pensei em Penélope Cruz) ou qualquer outra do grande cinema mundial, porém, e aqui explica-se a real e grande homenagem que ele fez para aquela mulher que o cuidou e que de alguma forma salvou a sua vida quando criança, ele escolheu uma nativa mexicana oriunda de tribo Mixteca: Yalitza Aparicio.
Cleo domina o filme de ponta a ponta. Sua interpretação encaixa-se com perfeição na necessidade daquela personagem, que é tímida, humilde, expressa-se de forma contida, e talvez fato dela ser uma atriz inexperiente, de expressar-se de forma contida contribuiu muito para o desempenho da personagem. E como funciona! É impossível não se cativar por Cleo, preocupar-se com ela, enraivecer-se quando é humilhada, entristecer-se quando sofre, regozijar quando ela está feliz.
O sucesso do intento de Cuarón foi tão grande que Yalitza Aparicio estampa a capa da famosa revista Vogue Mexicana de janeiro de 2019, e o clipe acima mostra que ele não errou em escolhê-la. E nós também não.
Classificação: Cinco Narigadas!
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