2018, Drama
Argentina, Espanha, França, EUA, Holanda, Brasil, Portugal, México
Direção de Lucrecia Martel
Elenco com Daniel Giménez Cacho, Lola Dueñas, Rafael Spregelburd
Argentina, Espanha, França, EUA, Holanda, Brasil, Portugal, México
Direção de Lucrecia Martel
Elenco com Daniel Giménez Cacho, Lola Dueñas, Rafael Spregelburd
Jakson Böttcher, O Jacó
Sofá, às 20:00
Estudando um pouco sobre as intenções da diretora e realizadora (a argentina Lucreia Martel) desta obra que tem título homônimo ao nome de seu personagem principal - "Zama" - percebe-se que ela teve vontade de falar sobre as origens da colonização branca daquelas terras, no caso, entre Paraguai e Argentina, e esta impressão é comprovada na entrevista que ela deu para o Estadão dias atrás.
Zama, um dos funcionários públicos da Espanha, que era colonizadora de parte das terras latinas, parecia a todo momento querer voltar para sua terra natal, e sua luta para o sucesso neste intento e a fadigante espera até consegui-la tornam esta história realmente angustiante.
A primeira parte do filme, enquanto ele interage com os populares, nativos e compatriotas, muito assemelha-se ao visto na magnífica produção brasileira "Joaquim" [2017]. Talvez o fim esperado de Joaquim e Zama fossem diferentes - um queria poder, o outro voltar para casa, respectivamente - porém seus métodos eram os mesmos: tentar influenciar-se, tentar politicamente. Contudo, ambos tiveram o mesmo fim.
Na segunda parte da produção, quando da tentativa frustrada de Zama de mostrar suas qualidades e talvez daí conseguir o seu intento final, ele aceita uma expedição para prender o perigoso bandido Vicuña Porto, que é interpretado pelo brasileiro Mateus Nachtergaele.
Desta decisão em diante a expedição perde-se tão violentamente, e tudo fica tão difícil que lembramos de outro filme, "Aguirre- A Cólera dos Deuses" [1972], que também brilhantemente nos apresenta o quanto devem ter sofrido os colonizadores espanhóis nas lutas contra a natureza e os nativos indígenas destas terras.
Por fim, Zama acaba sendo um filme histórico, com destaques para a fotografia naturalista de Martel e também da ótima atuação do brasileiro Mateus Nachtergaele.
Também não esqueço do excelente podcast Cinema na Varanda, que a partir dos 51:00 minutos tece alguns interessantes comentários sobre "Zama".
Zama, um dos funcionários públicos da Espanha, que era colonizadora de parte das terras latinas, parecia a todo momento querer voltar para sua terra natal, e sua luta para o sucesso neste intento e a fadigante espera até consegui-la tornam esta história realmente angustiante.
A primeira parte do filme, enquanto ele interage com os populares, nativos e compatriotas, muito assemelha-se ao visto na magnífica produção brasileira "Joaquim" [2017]. Talvez o fim esperado de Joaquim e Zama fossem diferentes - um queria poder, o outro voltar para casa, respectivamente - porém seus métodos eram os mesmos: tentar influenciar-se, tentar politicamente. Contudo, ambos tiveram o mesmo fim.
Na segunda parte da produção, quando da tentativa frustrada de Zama de mostrar suas qualidades e talvez daí conseguir o seu intento final, ele aceita uma expedição para prender o perigoso bandido Vicuña Porto, que é interpretado pelo brasileiro Mateus Nachtergaele.
Desta decisão em diante a expedição perde-se tão violentamente, e tudo fica tão difícil que lembramos de outro filme, "Aguirre- A Cólera dos Deuses" [1972], que também brilhantemente nos apresenta o quanto devem ter sofrido os colonizadores espanhóis nas lutas contra a natureza e os nativos indígenas destas terras.
Por fim, Zama acaba sendo um filme histórico, com destaques para a fotografia naturalista de Martel e também da ótima atuação do brasileiro Mateus Nachtergaele.
Também não esqueço do excelente podcast Cinema na Varanda, que a partir dos 51:00 minutos tece alguns interessantes comentários sobre "Zama".
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