Filme (3.5): "As Guardiãs", 2018, 2018, França


2018, França, Drama
Direção de Xavier Beauvois
Elenco com Nathalie Baye, Laura Smet, Iris Bry

    Jakson Böttcher, O Jacó
Sofá, às 22:00

     Não devem restar dúvidas que uma guerra deixa consequências reparáveis somente depois de várias gerações, e que no âmago de uma família, perder filhos, esposos, pais e qualquer outro querido ou somente necessário é sem dúvidas um dos reflexos mais dolorosos deste tipo de ação humana. Este "As Guardiãs" fala justamente sobre estas consequências, especificamente pelo ponto de vista das mulheres, as guardiãs que ficaram em casa, cuidando de tudo e todos que não foram para o combate. E fala muito bem, inclusive.

   Porém, e pelo óbvio que o que chama mais atenção é o quanto as mulheres da família francesa Sandrail trabalham para suprir a falta de seus homens, que lutam pela França na ainda Primeira Guerra Mundial. O foco do filme é este, e o faz com muito méritos, todavia, é a ação da matriarca Hortense contra a empregada Francine, interpretada pela estreante no cinema Iris Bry, que choca o espectador. E choca mesmo!

    Hortense age para proteger a família em todos em sentidos, em todos mesmo. A ação dela contra Francine parece tão contraditória, e que de tão inesperada até assusta o espectador, porém, é tão brilhantemente justificada e defendida por ela, que mesmo após perceber que agiu erradamente, aqueles que assistem ao filme tendem a concordar com ela. Enfim, o que poderia tornar-se um histórico filme de amor, torna-se um exemplar de como uma mulher pode agir instintivamente para proteger os seus queridos. Um filmaço.

   
Classificação: Três e Meia Narigadas!

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