2018, Brasil, Suspense
Direção de Gabriela Amaral Almeida
Elenco com Murilo Benício, Luciana Paes, Irandhir Santos
Direção de Gabriela Amaral Almeida
Elenco com Murilo Benício, Luciana Paes, Irandhir Santos
Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor
Novo Batel, às 20:30
Para este editor deste caderno de cinema uma das cenas mais marcantes do cinema contemporâneo é aquela sequência inicial do filme "Bastardos Inglórios" [2009], quando da chegada do caçador alemão interpretado por Christoph Waltz na casa do camponês que refugiava alguns judeus, dentre eles Shosanna (Mélanie Laurent). Naquelas cenas, o diretor Quentin Tarantino faz a apresentação daqueles personagens de forma vagarosa, posicionando-os cuidadosamente na bela paisagem, atribuindo-lhes movimentos cuidadosos, geometricamente perfeitos, com falas bem claras e ordenadas, criando um enorme clima de suspense, especialmente no momento em que Waltz tomava o copo de leite. Um deleite para o cinema!
Bom, anos e vários filmes se passaram de lá para cá, e um equivalente sentimento de prazer cinematográfico foi sentido neste "O Animal Cordial", também na sequência inicial da produção, quando são apresentados quase todos os personagens que participarão da trama, e, coincidência ou não, o ápice se dá justamente quando o dono do restaurante interpretado por Murilo Benício serve o vinho ao casal da esposa interpretada por Camila Morgado enquanto a personagem da espetacular atriz Luciana Paes se contorce de raiva. Outro deleite!
Além da apresentação também muito cuidadosa de todos aqueles personagens, a diretora Gabriela Amaral Almeida incluiu uma trilha sonora extraordinária, talvez, a melhor composição de som e imagem do cinema brasileiro contemporâneo. E não pára por ai. Aquele restaurante, aquele ambiente tem vida, e é soturno, ameaçador, claustrofóbico, resultando numa sequência de interpretações, som, roteiro e ambiente tão bons, tão bons, que só por este início o filme já vale o ingresso.
Se o espectador conseguir não obter informações sobre a história antes de assistir ao filme, a ação que desencadeia as atitudes mais cruéis daqueles personagens é de uma surpresa brutal, trazendo para aquele assiste um espanto que é diluído pelo filme, em cada nova ação de Benício e Luciana Paes, resultando numa produção nacional de gênero - no caso, suspense - de muita qualidade.
Bom, anos e vários filmes se passaram de lá para cá, e um equivalente sentimento de prazer cinematográfico foi sentido neste "O Animal Cordial", também na sequência inicial da produção, quando são apresentados quase todos os personagens que participarão da trama, e, coincidência ou não, o ápice se dá justamente quando o dono do restaurante interpretado por Murilo Benício serve o vinho ao casal da esposa interpretada por Camila Morgado enquanto a personagem da espetacular atriz Luciana Paes se contorce de raiva. Outro deleite!
Além da apresentação também muito cuidadosa de todos aqueles personagens, a diretora Gabriela Amaral Almeida incluiu uma trilha sonora extraordinária, talvez, a melhor composição de som e imagem do cinema brasileiro contemporâneo. E não pára por ai. Aquele restaurante, aquele ambiente tem vida, e é soturno, ameaçador, claustrofóbico, resultando numa sequência de interpretações, som, roteiro e ambiente tão bons, tão bons, que só por este início o filme já vale o ingresso.
Se o espectador conseguir não obter informações sobre a história antes de assistir ao filme, a ação que desencadeia as atitudes mais cruéis daqueles personagens é de uma surpresa brutal, trazendo para aquele assiste um espanto que é diluído pelo filme, em cada nova ação de Benício e Luciana Paes, resultando numa produção nacional de gênero - no caso, suspense - de muita qualidade.
Classificação: Cinco Narigadas!
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