Filme (2.5): "Mãe!", EUA, 2017 [2017]

Lançamento 2017
Direção de Darren Aronofsky
Elenco com Jennifer Lawrence, Javier Bardem, Ed Harris mais
Suspense
EUA

    Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor

Novo Batel, às 22:00

    Logo de início informo que os comentários apresentados aqui contém informações que se forem assimiladas antes do espectador assistir ao filme pode haver o comprometimento da experiência cinematográfica, logo, leia por conta e risco pois contém importantes spoilers.

    
    Aronofsky sem dúvidas construiu um filme diferente, especialmente se comparado às demais produções de Hollywood, e o destaque é o seu excêntrico roteiro, que apesar de óbvio depois que o espectador descobre sobre o que versa o filme, é intrigante e desafiador durante quase toda a duração da história. As interpretações de Bardem e Lawarence também são boas, carregando o filme de um suspense e gerando uma inquietação real em quem o assiste.

    O roteirista Aronofsky afirmou em entrevista que a história deste filme fala sobre a vida de Cristo, da criação do mundo por Deus, do zelo que Deus tem por sua criação - a Terra -, da Mãe! natureza... Enfim, tudo que vemos em tela é uma alegoria sobre o que Aronofsky entende, ou melhor, quer dar a entender sobre Deus e sua criação.

    É neste ponto que a controvérsia se estabelece, pois apesar da produção parecer ser super intrigante, sábia, experta, o que ele faz é justamente falar sobre uma religião - do cristianismo - do modo mais vulgar, da maneira mais comum e preconceituosa possível, típica de quem não professa a fé cristã. Claro que uma obra de arte não tem a obrigação de ser realista, ou ainda falar ou apresentar verdades, mas neste caso a obra de arte tem que ser entendida como ficção, e não como uma interpretação de uma realidade, especialmente daquela é mais sentimento do que razão, característica típica de uma fé, de uma religião.

    O que quero dizer é que o artista é livre para criar a sua obra, mas daí ela ser considerada um tratado e uma verdade sobre um assunto tão complexo tal como uma religião, isso sim não é concebível.

Classificação: Duas e Meia Narigadas!