Lançamento em 2016
Dirigido por Rodrigo Sorogoyen
Elenco com Antonio de la Torre, Roberto Álamo, Javier Pereira
Policial, Suspense
Espanha
Jakson Böttcher
Sofazão, às 09:00
Não é difícil supor que este "Que Deus Nos Perdoe" seja um dos primeiros filmes dirigidos pelo espanhol Rodrigo Sorogoyen, porém, afirmar que a consequência óbvia desta afirmação de que esta seria uma produção cinematográfica de baixa qualidade seria sim uma suposição errada.
A obviedade da primeira afirmação se dá especialmente pelo roteiro do filme, que é realmente pouco inovador, situando a produção no clássico policial, com o desenho de personagens de policiais e também de uma história muito comuns, além de um vilão extremamente e vítimas ainda mais banais. Ou seja, Rodrigo não quis arriscar numa obra inovadora, talvez, mais pessoal.
Contudo, este comum é muito, mas muito bem feito, especialmente o desenvolvimento das personagens. Sim, já disse que estes policiais são vulgares e não diferem do perfil de personagens em filmes deste gênero policial, mas eles são muito bem desenvolvidos por Sorogoyen e pela roteirista Isabel Peña.
O espectador preocupa-se com os dois personagens principais Antonio de la Torre e Roberto Álamo, principalmente pelo carisma de cada um. Álamo é ranzinza e briguento, e parece andar no limiar do carácter, sempre deixando a a impressão que se desviará do caminho. Mas não o faz. Sua história familiar conturba-se e corrige-se no decorrer do filme, criando um pano de fundo para justificar o seu comportamento.
La Torre sem dúvidas é mais profundo. Sua gagueira parece transparecer que tem problemas internos, do âmago. Suas relações extra trabalho deixam claro que ele é um homem complexo, de difícil entendimento, mas, diferentemente de Álamo seu destino no filme não tem uma solução, tornando sua trajetória mais interessante.
Enfim, este dois policiais e suas histórias transformam este filme espanhol numa experiência cinematográfica muito boa. Bem verdade inesperada, considerando que encaixa-se num gênero cinematográfico já tão desgastado no cinema. Que bom!
A obviedade da primeira afirmação se dá especialmente pelo roteiro do filme, que é realmente pouco inovador, situando a produção no clássico policial, com o desenho de personagens de policiais e também de uma história muito comuns, além de um vilão extremamente e vítimas ainda mais banais. Ou seja, Rodrigo não quis arriscar numa obra inovadora, talvez, mais pessoal.
Contudo, este comum é muito, mas muito bem feito, especialmente o desenvolvimento das personagens. Sim, já disse que estes policiais são vulgares e não diferem do perfil de personagens em filmes deste gênero policial, mas eles são muito bem desenvolvidos por Sorogoyen e pela roteirista Isabel Peña.
O espectador preocupa-se com os dois personagens principais Antonio de la Torre e Roberto Álamo, principalmente pelo carisma de cada um. Álamo é ranzinza e briguento, e parece andar no limiar do carácter, sempre deixando a a impressão que se desviará do caminho. Mas não o faz. Sua história familiar conturba-se e corrige-se no decorrer do filme, criando um pano de fundo para justificar o seu comportamento.
La Torre sem dúvidas é mais profundo. Sua gagueira parece transparecer que tem problemas internos, do âmago. Suas relações extra trabalho deixam claro que ele é um homem complexo, de difícil entendimento, mas, diferentemente de Álamo seu destino no filme não tem uma solução, tornando sua trajetória mais interessante.
Enfim, este dois policiais e suas histórias transformam este filme espanhol numa experiência cinematográfica muito boa. Bem verdade inesperada, considerando que encaixa-se num gênero cinematográfico já tão desgastado no cinema. Que bom!
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