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Filme (4.0): "O Vigilante do Amanhã: Ghost in The Shell", EUA, 2017 [2017]



Lançamento 2017
Direção de Rupert Sanders
Elenco com Scarlett Johansson, Pilou Asbæk, Takeshi Kitano, Juliete Binoche
Ação, Ficção científica
EUA

    Jakson Böttcher, O Jacó
Imax, às 16:45

     Em 1996 o japonês Mamoru Oshii dirigiu a história animada (anime) baseado no mangá escrito por Masamune Shirow, "Ghost in The Shell" lançando no cinema aquele que seria o filme capaz de alguns anos depois influenciar e inspirar a criação da estrondosa trilogia Matrix iniciada em 1999.

   Agora, mais de vinte anos depois um remake daquela animação surge nos cinemas mundias protagonizando um retumbante fracasso de bilheteria, visto que custou mais de 250 milhões de dólares enquanto sua arredação após três semanas da sua estreia foi de somente 150 milhões, sequer pagando-se, e, suscita a questão de como é possível uma história tão interessante e protagonizada nada mais nada menos por Scarlett Johansson sofrer tanto nas mãos dos cinéfilos?

   Segundo os seus produtores foi justamente a escalação de Scarlett para o papel de Major que justificou tal performance, e o fato da protagonista japonesa ter sido substituída por uma ocidental foi encarada como um acinte pelos fãs da obra de 1996, que além de ignorá-la criaram uma onda de repulsa, refletida nas bilheterias. Injustificável, digo de antemão.

   O filme deste ano é muito bom, e julgo que consegue transmitir todo o clima de um mundo em decadência e talvez pós-catástrofe tal como o original anime fez com maestria. Outro destaque muito positivo e igualmente eficiente é o da discussão scifi daquilo que os humanos poderão se transformar no futuro, quando partes ineficientes do corpo serão substituídas por peças mecânicas/robóticas, talvez até todo o corpo, restando apenas a alma humana. 

   O visual deste filme com Scarlett é absolutamente extraordinário, especialmente se for assistido numa tela Imax, e na boa, qualquer pequeno defeito de roteiro é mitigado por este visual. Sim, o filme tem defeitos, especialmente na formação, apresentação e no desfecho daquele que seria o vilão da história, que numa virada boba torna-se parte do grupo de heróis. 

    Enfim, e talvez não finalmente, discutir a relevância de um remake de um filme de 1996 não faz sentido, visto que o filme de 1996 continua existindo e disponível para ser curtido a qualquer momento, enquanto, inclusive, compará-lo com esta nova produção é muito divertido. Curtam os dois, e pronto!

Classificação: Quatro Narigadas!

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