Filme (1.5): "Até o Último Homem", EUA, Austrália, 2017 [2017]



Lançamento em 2017
Direção de Mel Gibson
Elenco com Andrew Garfield, Vince Vaughn, Teresa Palmer
Drama, Guerra, Biografia
EUA, Austrália

    Jakson Böttcher, O Jacó
Sofá e Torresmo, às 22:00

     O cinema sempre foi e sempre será capaz de disseminar informação, expressar a cultura de um país, educar, enfim, é uma expressão artística que pelo fato de usar diversas técnicas, tal como áudio, visual, cênico e fotográfico consegue atingir muita gente, no mundo tudo.

   É necessário e até mesmo saudável que se faça uma boa análise crítica do que se vê através de suas obras. Por exemplo, este "Até o Último Homem" é um filme que consegue transmitir valores importantes, que sem dúvidas valem como regra para além das fronteiras dos EUA (contador e protagonista desta história cinematográfica), especificamente com destaque para a forma como expressa eficientemente os malfeitos e consequências de uma guerra; ou ainda, independente do seu trabalho, fazer bem feito e sempre fazer o bem sempre cai bem. 

   Bom, apesar do conteúdo positivo e real, o que se viu neste filme foi uma manipulação amadora e ingênua, principalmente na forma como a história foi contada, na sua forma.

   A história começa contando como foi a vida do crente da igreja Adventista do Sétimo dia Desmond Doss, antes dele ingressar no exército americano para lutar na Segunda Grande Guerra Mundial. Quando ele ingressa nas forças armadas, antes de ir ao campo de batalha, em toda a cena e interação entre personagens ouve-se dizer a Doss: "você não deveria estar aqui", "você é inútil para o exército", "porque você quer entrar para lutar sem armas?", "o que poderá fazer para nos ajudar?", "vá embora", dentre outros. 

    Sem dúvidas durante a primeira hora do filme o espectador é bombardeado com um única informação: Doss não deveria entrar para o exército. Na sequência o filme faz a ridícula transição entre o senso comum de que Doss deveria ir embora, até a sua obrigada aceitação pelos comandantes do exército, durante um julgamento na Corte Marcial. Sério, o filme parece dirigido por uma criança nesta primeira hora.

   Depois de iniciada a luta armada a história desenrola-se muito bem. As cenas violentas da guerra e da Batalha de Okinawa são realmente impressionantes, e justificam a uma e meia narigada de classificação que dei para este filme.

   O que eu quero dizer como tudo isso é que por si só a história de Doss é incrível, e que apesar do filme conseguir transmitir com precisão o feito realizado por ele, a manipulação para que o espectador fique mais impressionado por aquilo que ele sofreu antes de ir ao campo de batalha do que pelos resultados de sua ação heroica é que tornam o filme um péssimo exemplar cinematográfico.

Classificação: Uma e Meia Narigadas!

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