Jakson Böttcher, O Jacó
Sofá e Torresmo, às 09:11
A estética solitária predominante nesta produção franco-suíça é totalmente condizente com o estado de espírito do personagem principal, o Aloys, feito que consegue eficientemente transmitir ao expectador o doloroso sentimento deste que é detetive particular, mas, especialmente um filho, agora solitário.
A história conta como este personagem homônimo ao filme problematiza a morte do pai, pessoa que aparentemente era o único contato pessoal próximo. Porém, e neste caso felizmente há um porém, os eventos que sucedem-se na vida deste homem após a morte do pai transformarão sensivelmente e para melhor a sua vida.
O filme realmente é eficiente ao apresentar esta transformação, que sem dúvidas é mérito também da boa interpretação do ator austríaco Georg Friedrich (Aloys) e da figura bizarra da atriz suíça Tilde Von Overbeck.
O fim da história não é conclusivo, ou seja, não se sabe com exatidão qual foi o destino final daqueles personagens, ou, melhor dizendo, coloca-se em cheque justamente toda a trajetória que eles percorreram e que foi apresentada durante toda a obra, deixando o filme ainda mais interessante, visto a reflexão necessária para tentar entendê-lo.
Por fim, "Aloys" é marcado pela estética e interpretações de personagens que vivem sós, originando um filme com uma história densa e interessante. Vale por tudo.
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