Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor
Em casa, às 22:00
Há uma prática atual adotada pelos críticos e pelos ditos entendidos sobre cinema que os filmes não devem ser rotulados por gênero, ou melhor, que filmes que são concebidos para serem enquadrados num determinado tipo limitam-se às características desta classificação, e que por esta razão podem tornar-se filmes de menor qualidade.
Tendências opinativas à parte, é muito comum a pergunta: "que tipo de filme é este? Comédia, terror, romance, drama?" e, se feita para este "A Luz Entre Oceanos" a resposta é certeira: drama.
A história e o seu desenrolar geram claramente um filme dramático. Ainda, um drama que contém romance, discussão e tomada de decisões sobre questões familiares entre pai, mãe, filhos, gravidez, enfim, um drama daqueles! Mas também não é só disso que o filme é construído.
A história começa quando o personagem de Fassbender decide isolar-se numa ilha para cuidar de um importante farol para aquela comunidade, e, as razões que o levam para tomar tal decisão acrescentam ao filme nuances psicológicas além daquelas em relação as discussões familiares. Inclusive, esta decisão (do isolamento) é nas entrelinhas o estopim de todos os problemas gerados aos personagens da produção.
Enfim, uma triste porém extremamente bem engendrada história é interpretada por três ótimos atores (Fassbender, Alícia e Rachel Weisz), ambientada numa belíssima paisagem geram um drama de alta qualidade.
Vale por tudo. Sério.
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