Filme (3.0): "13 Minutos", Alemanha, 2016 [2016]



Lançamento em 2016
Direção de Oliver Hirschbiegel
Elenco com Christian Friedel, Katharina Schüttler, Burghart Klaußner
Histórico, Drama
Alemanha

    Jakson Böttcher, O Jacó e sua Flor
Novo Batel, às 21:00

    Em 1938, em meio a uma ebulição que tomava conta da Alemanha já conquistada pelo partido nazista, Georg Elser - nascido no país germânico e filho de alemães - colocou em prática os seus conhecimentos como relojoeiro e empregado da indústria, arquitetando e executando um plano que por 13 minutos não conseguiu atingir o alvo planejado: Adolf Hitler. 

   Hoje e também logo depois da eclosão da guerra mundial responsável por mais de 55 milhões de mortos, a história real de Elser é contada com o tom de lamentação, pois dentre vários outros atentados "terroristas", este seria mais um que tentaria eliminar a principal arma alemã motivadora de sua sanha bélica, o então líder do partido nazista.

   Todavia, seria Adolf Hitler apenas um louco que queria acabar com o mundo? Quais seriam as suas motivações? O que levou uma nação inteira apoiar com tanta veemência alguém com ideias tão assustadoramente mortais?

   As respostas destes questionamentos certamente fazem parte da história do mundo contemporâneo, e o que este filme faz - em segundo plano, infelizmente - é dar pistas daquilo que motivou Hitler e praticamente toda a Alemanha nos idos das décadas de 1920 e 1930.

   O filme começa em meados de 1932 e 1933, quando o Partido Nazista consegue ascensão política, recebendo muitos votos nas eleições democráticas alemã. Em resumo, o apoio às ideias do partido Nazi liderado por Hitler se deram


"principalmente por causa de suas promessas para reanimar a economia (por meios não especificados), para restaurar a grandeza alemã e derrubar o Tratado de Versalhes (tratado de paz imposto à Alemanha para consumar o fim da Primeira Guerra Mundial, e salvar a Alemanha do comunismo" (wiki)

    Estas ideias, mas, principalmente os planos para reanimar a economia do país que naquela época tinha uma grande parcela da população desempregada, com fome e assolada pelos efeitos da derrota da primeira grande guerra, sem dúvidas foram as motivações políticas para ascensão daqueles que prometiam o fim das mazelas "dos puros", como afirmara Hitler. Inclusive, suas ideias não restringiam-se ao campo econômico, mas também abrangeriam um forte teor sociológico, apregoando um discurso anti-semita e anti-marxista, expressos na doutrinadora obra escrita por Hitler, Mein Kampf. 

    Por fim, o partida nazista que usava de uma poderosa máquina de propaganda e um forte poder persuasivo da oratória de Hitler, conseguiu valer-se da fragilidade econômica daquela Alemanha pós-primeira guerra, imputando culpa daquela situação às empresas judaicas (resumidamente, é claro), fez com que Adolf fosse alçado ao cargo de chanceler da Alemanha em 30 de janeiro de 1933, dando-o poderes ditatoriais e colocando novamente aquele país no caminho de outra grande guerra.

    Fato notório é que a história da humanidade é cíclica, e erros repetem-se como se jamais tivessem sido cometidos anteriormente. Exemplo disso foi que recentemente a maior potência econômica e bélica do mundo alçou ao poder um líder que prometeu (IstoÉ Dinheiro):

Economia americana
Trump promete fazer o receituário clássico republicano, com menos regulação e corte de impostos, principalmente para empresas, como forma de estimular a economia que ainda se ressente da crise de 2008. A mágica seria investir em infraestrutura e criar 25 milhões de empregos em dez anos. Além disso, ele diz que vai lutar para trazer os empregos que migraram para outros países, como a China.

Comércio internacional
Trump prometeu aplicar tarifas de 34% às importações do México e 45% às da China para preservar os empregos no país.  Além disso, disse ser contra a Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) e quer uma renegociação do Acordo de Live Comércio da América do Norte, o Nafta.

Imigrantes 

Talvez uma das suas teses mais polêmicas – e que ganhou muitos adeptos entre os eleitores conservadores – é o de construir um muro na fronteira com o México. Quer ainda proibir a entrada de muçulmanos nos Estados Unidos e promete deportar os imigrantes ilegais, hoje na casa dos 11 milhões. Deseja também a suspensão de refugiados nos Estados Unidos, até que haja um controle mais rígido e crível.

Clima no Planeta

Não acredita na tese do aquecimento global e quer rever a assinatura de tratados importantes como o Acordo de Paris, para emissão de gases causadores do efeito estufa. Segundo ele, tais acordos prejudicam os Estados Unidos tornando sua indústria menos competitiva em relação à China.

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Classificação: Três Narigadas!

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