Jakson Böttcher, O Jacó
Torresmo, às 15:00
Algum expectador cinematograficamente desavisado certamente não entenderá alguns dos filmes dirigidos por Terrence Malick.
Também é certo que este desentendimento não estará focado na história, no roteiro, visto que os filmes dirigidos por este excêntrico texano têm histórias simples, roteiros fáceis de serem entendidos, mas, o que deixará este expectador estupefato será a forma como Malick conta estas histórias.
O ritmo de Malick parece lento, mas não é. Ele vai contando a história de seus personagens pelo ponto de vista pessoal da personagem, normalmente narrado por ela, criando um filme que realmente parece ser o fluxo de pensamento desta personagem, no qual fatos importantes e outros nem tanto vão sendo apresentados em locais e com pessoas distintas, numa sequência até certo ponto alucinante.
Na real, o que realmente chama a atenção são as transições entre cada situação vivida e narrada pela sua personagem principal, pois as pessoas que interagem com ela e também os locais onde as relações ocorrem surgem e desaparecem, e também reaparecem rapidamente, criando um fluxo estranho. É isso, estranho é um bom adjetivo para os filmes de Malick.
Por fim, este "Cavaleiro de Copas" sem dúvidas tem a estranha marca registrada de Terrence Malick, que, talvez, realmente não cria uma importante marca no cinema.
Abaixo segue a lista de Malick... Para quem tiver coragem - e saco -, é claro.
"Amor Pleno" [2012]
"A Árvore da Vida" [2011]
"O Novo Mundo" [2005]
"Além da Linha Vermelha" [1998]
"Cinzas no Paraíso" [1978]
"Terra de Ninguém" [1973]
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