Jakson Böttcher, O Jacó
Barigui, às 15:15
Um certo asco é sentimento comum quando fala-se da qualidade dos filmes nacionais do gênero comédia. Na real, justificado, principalmente quando lembramos de filmes como "Muita Calma Nessa Hora", "Um Suburbano Sortudo", "Contrato Vitalício", "Copa de Elite", dentre vários (vários mesmo) outros.
Logo, esta ausência de qualidade parece ser uma característica exclusiva brasileira. Ledo engano. É fácil listar uma série de porcarias que vêm da maior indústria de cinema do mundo, dos EUA, e que são tão ruins quanto as daqui: "As Branquelas", "O Pequenino", "Superbad", "Inatividade Paranormal", "Norbit", dentre muitos demais. Mas, felizmente sempre há um porém, tanto lá quanto cá existem os bons filmes, e o prazer de descobri-los é um sentimento muito legal para um cinéfilo.
Este "O Roubo da Taça", lançado recentemente no Festival de Cinema de Gramado 2016 e que estreou comercialmente nesta semana nas salas de cinema do Brasil é um exemplo de que existe qualidade (e inteligência) na comédia nacional.
O pano de fundo da história é o Rio de Janeiro da década de 1980, que, inclusive, é um dos destaques da produção. A direção de arte do filme retrata uma cidade de malandros, jogadores inveterados, amantes do futebol e da peraltice (hahaha!) da sedutora mulher carioca, enfim, consegue convencer o expectador daquela fama que o Rio de Janeiro tinha, da cidade dos malandros.
Por fim, "O Roubo da Taça" consegue misturar fatos históricos, junto da realidade da sociedade carioca da época, tudo isso transvestido de uma comédia até certo ponto sútil, mas muito, muito eficiente. Mérito das interpretações e direção de arte impecáveis.
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