Amos Oz é um dos escritores israelenses mais relevantes da atualidade, principalmente depois da repercussão de sua obra literária "De Amor e Trevas", no qual faz um relato autobiográfico de sua vida, principalmente dos seus anos mais jovens vividos num dos momentos mais importantes da história de Israel: a formalização do estado de Israel em 1948.
Todavia, este marcante fato político e suas consequências - principalmente o conflito com os povos palestinos que estavam "misturados" aos israelenses e que não aceitaram a criação do Estado de Israel - o que parece ter marcado Amos profundamente foi a relação com sua mãe Fania Oz, que no filme dirigido por Natalie Portman é interpretada também por ela.
Fania parece viver num mundo à parte, e apesar de todo o esforço que faz, o seu convívio naquela sociedade, longe da família materna, não parece lhe fazer bem. Porém, o convívio com o seu filho e a missão de educá-lo lhe serve de refúgio. Inclusive, na obra cinematográfica o que mais marca o expectador é a beleza e sensibilidade da relação da mãe com o filho, e também da óbvia assimilação desta educação pelo menino Amos.
Tal como deve ocorrer num drama de qualidade, o fim não é necessariamente feliz, mas o resultado da obra cinematográfica é brilhante.
Seja bem vinda Portman, a direção do seu primeiro longa metragem faz jus a sua carreira de qualidade.
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