Dirigido por Tatia Rosenthal
Gênero Drama
Nacionalidade Austrália
O uso da técnica de animação pressupõe que o idealizador da produção queira contar uma história muito imaginativa, totalmente desapegada do mundo real e que somente com muito esforço e tecnologia poderia ser contada, por exemplo, com a técnica de live-action (atores vivos, normais).
Todavia, este australiano "$9.99" não é o caso de um filme completamente descolado da realidade... Pelo menos não em sua totalidade. A história relata o modo de vida de alguns moradores de um prédio na Austrália, que relacionam-se, digamos, de forma normal entre si e com pessoas externas ao condomínio.
Estes personagens enfrentam dificuldades sociais e pessoais comuns a todas as pessoas, e, inclusive, como são contadas várias histórias paralelas - interligadas basicamente pelo local de moradia dos personagens - é fácil haver a identificação de algumas destas histórias com grande parte das pessoas comuns, ou seja, não é incomum o expectador identificar-se com a dificuldade encontrada por alguns dos bizarros (visualmente falando) personagens desta dramática animação.
Os problemas dos personagens não são explorados de cabo a rabo, ou seja, são apresentadas as situações conflituosas, há um certo desenrolar, porém, não há uma solução cabal. Por exemplo, a história do filho com o pai: claramente o pai têm dificuldades para criar o filho depois da morte da mãe, e isso o perturba muito. O filho, por outro lado, enxerga a vida de uma forma mais leve, talvez até desajuizada, e a solução para o "problema" que o pai enxerga no comportamento do filho é apresentado durante o filme (dica: cozinha e cozinheiro), mas a resolução não é conclusiva. Por fim, o expectador tem o direito de imaginar o que ocorrerá, e isso é muito legal.
Outra notável característica são os diálogos da produção, e um exemplo pode ser degustado já na primeira cena do filme, que segue abaixo.
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