Lançamento 2009 Dirigido Sebastián Silva
Com Catalina Saavedra, Claudia Celedón, Alejandro Goic mais
Gênero Drama, Comédia
Nacionalidade Chile , México
O cinema latino americano, especialmente Brasil, Argentina e agora o Chile, são especialistas nas produções humanas, ou seja, conseguem tirar das relações humanas, com foco na relação entre as pessoas e daquilo que os motiva, os principais temas de seus filmes.
Um recente exemplo brasileiro que está fazendo muito sucesso é o "Que Horas Ela Volta", que tem uma ligação estreita com este "A Criada". O que os une é o pano de fundo: numa casa rica, a empregada sente-se parte da família, e até em certa medida o é, todavia, o filme brasileiro segue o viés da discussão social, escancarando as recentes "lutas de classe" que ocorrem no país, e, por outro lado, o chileno foca na luta travada no âmago da empregada, da pessoa.
Raquel, a empregada chilena, é interpretada por Catalina Saavedra, e em alguns momentos vê-se uma interpretação exagerada, uma tentativa de Saavedra de criar uma personagem, digamos, fora da casinha. Porém, entende-se que este é um recurso de roteiro, e não um exagero da atriz, pois a história como é contada faz o expectador crer que o fim da família na terá um final feliz, ou seja, a todo momento imagina-se que a louca empregada cometerá alguma sandice contra a família. Mas não é bem assim.
No decorrer da história e depois de duas tentativas de integração de novas "colegas" de trabalho pela patroa, interpretada pela excelente Claudia Celedón, que são escorraçadas pela veterana doméstica da casa, Raquel se demonstra uma pessoa muito frágil e sensível e, que no fim da película se demonstra positivamente modificada por tudo que tivera ocorrido nas últimas semanas naquela casa que a acolhe faz vinte anos.
"A Criada", mais um interessante filme chileno que marca positivamente o cinema da América do Sul. Felizmente.
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