Os tempos atuais estão conflituosos. Atualmente há uma escalada da violência contra o homem, e pior, o homem comum, diferenciado daquele que luta em guerras ou que defende veladamente alguma ideologia, por exemplo. O alvo é aquele cidadão que usa o seu tempo de vida conquistando recursos financeiros e que os gasta consumindo bens, lazer e outros benefícios que venham a lhe trazer conforto.
Iconicamente destacam-se os atentados que ocorreram em novembro de 2015 na França, no qual mais de 120 cidadãos comuns morreram, simplesmente porque estavam usufruindo daquilo que a sociedade atual dispõe de melhor. Pois bem, mas será que os tempos atuais estão piores e mais violentos que os do passado? A resposta pode não ser tão simples quanto uma palavra de uma sílaba pode expressar, mas o "não" é a resposta correta, com certeza.
A história geral da humanidade é dividida em cinco partes evolutivas: Pré-história - do nascimento do homem até 4000 A.C. quando nasceu a escrita; Idade antiga - de 4000 A.C. até 476 D.C, marcada pela queda do Império Romano do Ocidente; Idade média - de 476 D.C. até 1453, quando da queda do Império Romano do Oriente nos dias que sucederam a tomada de Constantinopla pelos Turcos Otomanos. Idade moderna - de 1453 até 1789, marcado pela Revolução Francesa, iniciando também o era da produção capitalista; Idade contemporânea - de 1789 até os tempos atuais, porém com destaques para o fim do século XVIII e inicio do século XIX, quando da Revolução Industrial que marca até hoje esta época. Porém, apesar de toda esta "evolução", sempre, e invariavelmente sempre, as mudanças ocorreram por conflitos violentos do homem contra o homem, e hoje não é diferente, tal como não fora, por exemplo, na segundo quarto do século XX.
Nesta época, mais precisamente em meados de 1938, o filme "A Noviça Rebelde" narra, através de um divertido conto musical, os ocorridos na Áustria pré invasão nazista.
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Cédula de votação de 10 de abril de 1938. O texto diz "Tu concordas com a reunificação da Áustria com o Império Germânico realizada em 13 de março, sob o führer Adolf Hitler? |
A história do filme conta como a verídica família austríaca Von Trapp (formada pelos sete filhos do capitão Von Trapp mais a futura esposa Maria, a "noviça rebelde", além de mais outros três filhos que não são relatados no filme), sobreviveu ao "ataque nazista" daquela época, exemplificando aquilo que é realidade nos tempos atuais: como uma feliz (!) e comum família, formada por cidadãos comuns que ideologicamente não lutam por causa diferente daquela que gere a felicidade, são assombrados e abruptamente assoladas pela violência alheia.
Felizmente o cinema é capaz de eternizar este antagonismo, e talvez algum dia aprendamos a eternizar a paz, justamente contrariando a história da civilização. Talvez.
Para finalizar com um pouco de esperança, seguem dois vídeos retirados do filme: o primeiro com o clássico mais famoso "Do-Re-Mi". O segundo, junto de um apanhado de outras canções do filme, "Edelweiss", cantado por Plummer, representando a flor Edelweiss (da foto início desta postagem), que é simbolo pátrio da Áustria e que poderia significar a resistência dos austríacos à tomada nazista alemã.
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