Dirigido por Isao Takahata
Com Aki Asakura, Kengo Kora, Takeo Chii
Gênero Animação, Drama, Fantasia
Nacionalidade Japão
A produção mais recente deste inventivo estúdio Ghibli, "O Conto da Princesa Kaguya", segue um caminho, digamos, menos animado, menos cômico, originando um filme mais dramático, que discute com mais seriedade o papel da mulher na antiga sociedade japonesa. Todavia, a carga dramática passa longe, mas muito longe por exemplo, de outro filme Ghibli "Cemitério dos Vagalumes [1988]".
Esta produção baseia-se num já muito famoso conto japonês, no qual a princesa nasce de um broto de bambu e que é encontrada por uma família de cortadores desta planta. O que torna a história interessante, obviamente além da fantasia da concepção da pequena menina, é que após crescida ela precisa escolher entre vários pretendentes ao casamento, mas para isso lhes imputa desafios intransponíveis, dando a história um gostoso clima de aventura, além do drama e da fantasia.
Tecnicamente o traço da pintura da animação chama muito atenção. Não parece que há uma intenção em desenhar de uma forma muito apurada, com exagero nos cuidados dos detalhes. Inclusive, em muitos momentos o desenho parece aquele desenhado à lápis, com traços grossos e ágeis, tal como um rascunho, porém, o resultado é muito belo.
"O Conto da Princesa Kaguya" surpreende pelo traço e pela história, justificando mais uma vez a notória fama artística deste excelente e produtivo estúdio japonês.
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