Filme (2.5): "A Travessia", EUA, 2015



Lançamento 2015
Dirigido por Robert Zemeckis
Com Joseph Gordon-Levitt, Ben Kingsley, Charlotte Le Bon
Gênero Drama, Aventura
Nacionalidade EUA      

    Zapeando pelo Youtube é possível assistir a alguns relatos verdadeiros de experientes acrobatas que perderam a vida ao realizarem nada além de uma rotineira travessia pela famigerada corda bamba (rotineira para eles, que o fazem muita frequência, intentando alcançar o estado da arte). Inclusive, o adjetivo "bamba", atribuído à corda, deve ser o maior temor deste tipo de "artista", que ao construir sua arte obtém sucesso proporcional ao risco.

   Pois bem, depois desta aventura youtubística, fica claro que a execução destas acrobacias são revestidas da faceta mais perversa do termo "fazer arte". Talvez os acrobatas creem realizar uma obra artística, porém, um erro não custa uma nova folha de papel, ou um prejuízo material, mas sim, a sua vida e isso torna sua realização uma tremenda de uma estupidez. 

   Bom, em 2008 estreou o documentário "O Equilibrista" ["Man on Wire] que narrou todos os passos do equilibrista Philippe Petit, quando em 07 de agosto de 1974 atravessou diversas vezes sobre um cabo de aço, indo e vindo, por entre as duas torres do recém inaugurado Word Trade Center em Nova Iorque.

    Agora em 2015, estreia esta obra ficcional dirigida por Robert Zemeckis que conta novamente a já conhecida história de Petit, todavia, num formato muito mais leve, tem uma forte tonalidade de conto, principalmente devido ao fato do tom descontraído da interpretação de Joseph Gordon-Levitt (Petit). 

   O que é um destaque impressionante desta produção são os efeitos especiais, cujos efeitos são maximizados se assistidos no IMAX. A reação no expectador é vertiginosa, literalmente impressionante. Acredita-se que poucos filmes tenham conseguido a proeza de criar tal reação realista e assustador como este "A Travessia". Realmente, digno de mérito.

   Outro destaque para esta produção são as extintas torres gêmeas do Word Trade Center. Zemeckis tem a coragem de homenageá-las, sempre citando-as e mostrando-as com muito cuidado e, digamos, pesar, atribuindo a elas um aura mágica... Talvez este seja a maior travessia da produção, pois realmente deve ser muito caro ao povo norte americano o assunto WTC. 

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