Filme (1.5) :"Sniper Americano", EUA, 2015


Lançamento 2015
Dirigido por Clint Eastwood
Com Bradley Cooper, Sienna Miller, Luke Grimes
Gênero Biografia, Guerra, Drama
Nacionalidade EUA

                          EUA: tão longe, tão perto.

    Todo o mundo é de alguma forma influenciado pelo pais mais poderoso do mundo: Os EUA. Nos últimos cem anos não deve haver outra nação com tanta influência nas mais diversas áreas do ação humana: econômica, comportamental, cultural, ecológica, dentre quase todas as outras, e isso é facilmente percebido quando uma obra cultural cinematográfica como este "Sniper Americano" faz tanto barulho, chamando tanto a atenção do mundo cultural.

    O filme é norte americano, precisamente estadunidense. Conta a história de um herói de guerra dos EUA que atuou na guerra do golfo, nos idos de 1990. Seu destaque foi o de ser um dos maiores "matadores" dos EUA. Isto se deu pois durante a guerra que lutou atuou como "sniper", uma espécie de atirador escondido que protegia as tropos durante incursões terrestres. 

    O filme é baseado num livro escrito pelo próprio "herói sniper" Chris Kyle, e dirigido por um dos maiores ufanistas e nacionalistas dos EUA, Clint Eastwood. Talvez estes dois fatos podem ter contaminado a plena veracidade da história. Pode, mas não a certeza também não é plena. 

   A parte tendenciosa de Eastwood pode ser questionada pelo fato de que o filme além de relatar os méritos obtidos por Kyle - provavelmente todo baseado nos relatos de guerra escritos por ele mesmo - a história também se aprofunda no drama pessoal do personagem principal, que aparentemente devido a guerra teve muitas dificuldades para constituir e manter a sua família. Isto era evidente pois quando o Kyle estava em casa com a mulher e filho, sua intranquilidade psicológica o deixava instável e até mesmo violento. Por si só isto seria suficiente para entender o filme como uma crítica à guerra, não no sentido de "proteger o mundo", mas sim naquela que também fere os cidadãos do país.

   Já a crítica do fato do livro no qual o filme se baseou ser uma autobiografia, as cenas finais do filme que parecem ser cenas reais do dia do funeral do herói Chris Kyle, mostram uma população norte americana realmente emocionada, estendendo faixas e fazendo cortejos, justificando talvez a fama auto-retratada do Snyper Americano.

    De qualquer forma para aqueles que não são estadunidenses é um pouco chato assistir a filme como este, principalmente porque a cultura da guerra não é tão entendida pelo resto do mundo tanto quanto nos EUA, e o "culto" aos heróis desta cultura não faz muito sentido.





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