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Filme (4.5): "Até o Fim", EUA, 2014


Lançamento 2014
Dirigido J. C. Chandor
Com Robert Redford
Gênero Drama, Aventura
Nacionalidade EUA

    Neste diário de cinema está para estrear uma seção que será intitulada "Preconceito" e que junto das demais - "Filme", "Vontade", "Cinema", "Curta", "Série", "Memória" e "Diretor" comporão as classificações dos comentários. Nesta seção o filme comentado não terá sido assistido e provavelmente não o será, daí o nome da seção. A razão será sucintamente explicada e se baseará no preconceito de quem escreve. Inclusive, é fato que "um filme só é bom ou ruim depois de ter sido assistido", mas preconceito é preconceito, e ponto final.

   Isto está sendo dito pois este "Até o Fim" não foi assistido até ontem devido a alguns preconceitos: há inúmeras histórias que relatam a superação de pessoas que naufragaram no mar. O fim também é previsível; ou salvam-se ou morrem, sem outra saída. Robert Redford, que depois de "Butch Cassidy and the Sundance Kid" de 1969, representou pouca qualidade. Ou seja, um filme com uma história mais do que conhecida e interpretado por um ator em fim de carreira. Bom, seria este o fim deste filme para este blog assassinado pela bala do preconceito, porém fazendo jus à inefável incoerência humana, o filme foi assistido e surpreendente muito bem avaliado. Incrível!

   A história é realmente muito comum - de um náufrago - mas começa sem enrolação e já no centro de um problema, sem introduções de personagens ou históricos. Um breve texto é narrado no começo e suas poucas palavras são quase as únicas pronunciadas no filme todo. Inclusive, este silêncio é extraordinário, o que exige muito da interpretação de Redford. Inclusive, tal como o silêncio o filme não tem muitos atores... Na verdade só um e também só um personagem humano. Por incrível que pareça estes componentes, ou melhor, a ausência deles tornam o filme focado no problema e na busca da solução, extraindo o melhor de Redford e do contexto - o mar, os temporais, o barco, os peixes. 

   Enfim, "Até o Fim" é incrível, apesar do quase assassinato preconceituoso.







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