Filme (5.0): "Homens e Deuses", França, 2010



“Eu declarei: vós sois deuses, todos vós sois filhos do Altíssimo; 
contudo, morrereis como qualquer homem, 
caireis como qualquer, ó príncipes”.
Salmo: 82, 6-7




Classificação: Cinco Narigadas!
Lançamento 2010 
Direção Xavier Beauvois
Com Lambert Wilson, Michael Lonsdale, Olivier Rabourdin
Gênero Drama
Nacionalidade França

Recentemente estive na Abadia Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo, um Mosteiro Trapista na cidade de Campo do Tenente - PR, pertinho de Curitiba. 

Nele, os monges trapistas seguem a tradição do deserto, os quais "seguem as pegadas daqueles que, nos séculos passados, foram chamados por Deus à milícia espiritual no deserto. Como cidadãos do céu, tornam-se estranhos às coisas do mundo. Na solidão e no silêncio suspiram por aquela paz interior que gera a sabedoria. Renunciam-se a si mesmos a fim de seguirem o Cristo. Pela humildade e obediência lutam contra a soberba e a rebelião do pecado, e na simplicidade e no trabalho buscam aquela bem-aventurança prometida aos pobres. Com alegre hospitalidade, partilham com seus companheiros de peregrinação a paz que emana de Cristo" www.mosteirotrapista.org.br/index.php?page=atradicaododeserto.

Obviamente que como leigo que sou não vou discorrer sobre a fé cristã e sobre a tradição de seus seguidores, porém, poderia escrever um livro sobre a minha experiência pessoal com o Espirito Santo de Deus, principalmente quando cruzei com as práticas do Retiro de Silêncio e Deserto e na convivência de paz do Mosteiro Trapista. O que interliga este íntimo tema ao filme "Homens e Deuses" é que esta obra cinematográfica relata momentos da vida de um grupo de monges trapistas que viviam no Mosteiro Tibhirine, na Argélia e, que apesar de fazer um relato histórico do ocorrido naquela região nos anos de 1996, faz um belíssimo retrato do dia a dia dos monges, escancarando suas convicções cristãs, seus dotes sociais e principalmente demostrando suas relações entre si e com a natureza.

A relação humana entre eles (monges) e individualmente entre eles com a natureza é o que torna o filme uma obra prima. Inclusive, os monges da Abadia em Campo do Tenente afirmam que o modo de vida retratado no filme é muito fiel a realidade de um mosteiro trapista, inclusive ao do paranaense.

Enfim, o filme é extraordinário e mais do que recomendado, mas, se quiser provar verdadeiramente os mais nobres sentimentos vivenciados no filme, o contato com Deus e a experiência de um Retiro de Silêncio no Mosteiro Trapista é ainda mais recomendado.



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