Filme (3.5): "A Solidão dos Números Primos", Itália, 2010

Classificação: Três e meia Narigadas!

Lançamento 2010

Dirigido Saverio Costanzo

Com Alba Rohrwacher, Luca Marinelli, Arianna Nastro

Gênero Drama

Nacionalidade França, Itália, Alemanha

    Atualmente o cinema italiano é detentor do Oscar de Melhor filme estrangeiro, conquistado na edição 2014 da premiação Hollywoodiana com o filme "La Grande Bellezza". Questionável talvez seja a legitimidade da academia do Oscar para fazer juízo de qualidade dos filmes - visto os inúmeros absurdos já conhecidos, tal como "Shakespeare Apaixonado" ser considerado melhor filme de 1998 - porém, inquestionável é que os filmes apontados por eles com certeza se destacam no mundo, tornando a premiação uma espécie de filtro para a enormidade quantidade lançamentos que ocorrem todas semanas.

    Além do filtro filme a filme pode-se fazer alterações nos métodos e, no caso, aumentar o universo da pesquisa para o país premiado: Itália. Neste contexto foi fisgado este "A Solidão dos Números Primos".

   A obra literária de Paolo Giordano foi base para a criação deste filme. Inclusive, do texto literário tiramos a interessante explicação para o nome da obra cinematográfica, que segue abaixo.

"Mattia tinha estudado que entre os número primos existem alguns ainda mais especiais. Os matemáticos os chamam de primos gêmeos: são casais de números primos que estão lado a lado, ou melhor, quase vizinhos, porque entre eles sempre há um número par, que os impede de tocar-se verdadeiramente. Mattia achava que ele e Alice eram assim, dois primos gêmeos sós e perdidos, próximos, mas não o bastante para se tocar de verdade."

    O filme é dramático e muito sensível. A história é um relato da vida de dois personagens, que construída desde a infância até a fase adulta, entre indas e vindas na cronologia, explicam os momentos mais marcantes de sua vida, inclusive, aqueles que explicam os seus comportamentos arredios e introspectivos, além de fazer um relato de amor, digamos, muito excêntrico.

    Tecnicamente o filme é também excelente. As tomadas de câmera são dramáticas - só assistindo para entender - e a trilha sonora ajuda muito nesta dramaticidade.

    "A Solidão dos Números Primos". Sensível, dramático e com um final feliz.