Classificação: 4 Narigadas e meia!
A tristeza de uma guerra sem propósito - alguma tem? - junto do sofrimento de uma mãe que perde o seu filho - e se culpa, inocentemente - são ingredientes que misturados num deserto latino, com uma trilha sonora triste e intimista, além de um visual natural de tirar o fôlego, formam o filme "A Oeste do Fim do Mundo".
Dirigido pelo brasileiro Paulo Nascimento, estrelado pela também brasileira Fernanda Moro, junto do uruguaio César Troncoso e, filmado na argentina Uspallata, dois grandes dramas individuais se encontram num posto de gasolina e suas tristes histórias se misturam, resultando numa silenciosa e produtiva catarse, que acaba por transformar positivamente a vida de ambos.
"A Oeste do Fim do Mundo" nos faz refletir sobre algumas coisas da vida, tal como a imbecilidade de uma guerra (das Malvinas) e o quanto marca a vida daqueles que conseguem sobreviver. Também, o quanto um deslize, um descuido, no mínimo que seja, pode mudar o rumo de toda uma família... Enfim, se aprofundar na dor, no fim do mundo do seu íntimo pode ser uma das fórmulas para se recuperar e mudar os rumos de uma vida.
Tocante, bonito, emocionante são predicados mínimos para uma produção cinematográfica de alto gabarito como esta. Vale cada segundo.
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