Filme (5.0), "Lore", Reino Unido , Austrália , Alemanha, 2013


Alemanha. 
1945. 
Nazistas. 
Guerra.
Família.
Dor.
Sobreviver... Lore.

Não lembro de ter assistido algum filme que mostre o ponto de vista dos nazistas. Não daqueles que lutaram e construíram diretamente o regime nazista. Também não daqueles que lutaram contra o regime - sim, alemães que se opunham ao nazismo... Porém, sim, o ponto de vista daqueles que eram alemães, eram civis, eram inocentes (!), tinham/compunham famílias e que acabavam sendo nazistas por osmose. Pois bem, "Lore", é sobre este tipo de gente. Na verdade, Lore foi este tipo de gente.

Lore era filha (e depois descobrimos que também era neta) de uma família que trabalha para o regime nazista. Não sabe-se como, ou especificamente para quem ou para que, mas a família de Lore trabalhava para regime. Ela, irmã mais velha, acabou tendo que sofrer na pele o fim daquela guerra. Acabou sendo caçada, ignorada, humilhada... Enfim, sofreu inocentemente.

Um paradoxo maligno e extremamente interessante ocorre quando ela encontra um que também fugia, porém, e por incrível que parecesse, tinha alforria por portar documentos judeus... Este a ajudou e sumiu, tal como apareceu.

No fim, quando tudo parecia terminado e um desfecho hollywoodiano era "perfeito", quando rejeitou os costumes da sua avó, Lore estava definitivamente liberta. 

Um fim extraordinariamente profundo para uma luta vencida, tanto no alcance do objetivo quanto no atingimento da liberdade espiritual. 

Vale cada segundo. Inclusive, a reflexão posterior é o principal ganho.

Fonte destas notas: www.adorocinema.com

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