Filme (4.0): "O Vendedor", Canadá, 2010



    Há três óbvios caminhos a serem seguidos para aqueles que gostam muito - e assistem muito - filmes: O primeiro é mais cômodo. O segundo é um pouco mais trabalhoso, porém mais recompensador e, por fim, o terceiro é um suicídio (cinematograficamente... ou melhor, filmemente... ou melhor, no sentido figurado).

    O suicídio seria a fuga. Imagine você esgotar todo o sentido da sua vida. Imagine acordar pela manhã e não conseguir encontrar nada interessante para fazer. Nada. Assim se sente um preguiçoso cinéfilo quando acha que já assistiu a todos os exemplares de  filmes que não se repetem. Pois bem, o suicídio da vontade de assistir filmes acontece e ele parte para outras satisfações, tal como ler, jogar, etc. É o fim. Se não o fim final, pelo menos da empolgação e daquela vontade verdadeira. Fim.

    O caminho mais cômodo é o que exige também mais paciência, porém, apesar do saco já estar quase estourando, a paciência permite esperar novidades, mesmo que sejam filmes da mesma locadora (!), dos mesmos diretores, das mesmas escolas cinematográficas, dos mesmos famosos atores... Por fim, comodamente aguardar algo que seja novo e revigorante sem a transposição de novos horizontes.

    Já o terceiro caminho é o mais difícil, porém a recompensa é garantida. Garanto!
Se não há desistência e não há comodismo, o caminho é buscar satisfação em novos lugares, novos países criadores de filmes - e não somente o atualmente super comercial cinema norte americano. Buscar filmes em paragens orientais - o chinês e japonês são sensacionais. Novos diretores, novos atores, etc. Enfim, vá no fundo da locadora ou do acervo internético e se revigore.

    Pois bem, "O Vendedor" não está tão longe do convencional, já que foi produzido no Canadá, mas foi encontrado na via não cômoda e, felizmente faz jus ao caminho escolhido.


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