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Filme (4.0): "O Som ao Redor", Brasil, 2012

   O cinema nacional anda em baixa. Apesar de alguns blockbusters da famigerada Globo Filmes estarem fazendo algum sucesso (De Pernas pro Ar, E ai comeu, Agamenon, Billi Pig, etc.), a qualidade esta questionável. Não há muito que de discutir, mas sim lamentar... Todavia, acho que um fio de esperança ainda persiste! 

   Na noite de sexta do dia 11 de janeiro/2013 assisti na sala VIP do Shopping Cristal o badalado "O Som ao Redor", e, propriamente antes do filme, o que me surpreendeu (positiva e negativamente falando) foi a sala VIP deste shopping. 
Putz, a sala é massa, mas 40tão por cabeça é exagero!

   A sala VIP me surpreendeu mesmo. A projeção do filme e a tela são iguais aos cinemas normais, mas o conforto das poltronas é de outro mundo! São literalmente poltronas, com encostos reclináveis e suporte para os pés. O conforto é incrível. Dá pra deitar, colocar as pernas para cima, dobrar... Enfim, realmente é muito agradável. 

   O ponto negativo é o custo - dizem que tudo tem o seu preço - e pelo custo de 40 reais o ingresso integral eu achei que teria até serviço de bordo - o que não tem. No fim, a experiência vale a pena, mas no dia a dia do cinema o preço se torna proibitivo.

   Tá, mas valeu a pena gastar vinte reais - meia devido a doação de sangue - para ver um filme brasileiro nesta fase ruim do cinema nacional?

   A resposta felizmente foi positiva!

Mapa do Brasil

   Pernambuco é o pano de fundo principal do filme "O Som ao Redor". Todo o elenco, técnicos e direção são pernambucanos e toda a filmagem foi feita na capital Recife e na tal Zona da Mata Pernambucana. Pois bem, alguns podem imaginar que seria lugar comum fazer um filme sobre o nordeste brasileiro, visto que deve ser lá onde foram rodados a maioria dos melhores filmes nacionais (um exemplo supremo é o "Cinema,  Urubus e Aspirinas), no qual o roteiro mais comum é aquele que mostra a dura realidade do povo nordestino, certo? Ledo engano!

   A história relata a vida do recifense de classe média, que sim, sofre com alguns problemas sociais, mas não aqueles do seco e árido nordestão. O que mais chama a atenção é a suposta simplicidade do filme, que por alguns momentos parece um documentário da alma daquelas pessoas da cidade, mas que no fim revela o quanto é tenso e confuso viver numa cidade "grande". 

   O filme é de uma linguagem diferente. A gente tem que se acostumar com a forma tranquila que os personagens conversam, pensam e agem. As relações entre as pessoas é normal, mas aquilo que o filme mostra parece ser o interior delas... Enfim, assistir é a melhor jeito de entender.

Classificação: 4 Narigadas






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