Filme (3.0): "O Hobbit, Uma Jornada Inesperada", EUA, 2012


Faz quase 10 anos que assisti ao último Senhor dos Anéis no cinema e, como deve-se esperar de um não-fã, lembro alguns detalhes da grande jornada, mas não daqueles mínimos e nem numa quantidade razoável. Bom, contraditoriamente eu gostei muito dos filmes na época, mas acho que os encarei como meros passa-tempo, porém creio que isso tenha sido suficiente para ir ao cinema assistir a continuação - ou melhor, o início, já que os livros do Hobbit precedem os livros do Senhor dos Anéis - da tão aclamada série do diretor Peter Jackson inspirada nos livros de J.R.R. Tolkien: O Hobbit.

Antes do filme propriamente dito uma coisa me impressionou tecnicamente: o aspecto visual. Olha, assisti no 3D do IMAX do Palladium e digo que o que eu vi me deixou de queixo caído! O filme tem o 3D mais impressionante que já vi, inclusive para mim deixou no chinelo o visual de história ridícula do senhor James Cameron, o Avatar. Falando nisso, não há comparações possíveis entre estes dois filmes (Avatar x Hobbit). A história do Avatar é tão simplista, ingênua, e tão ridícula, mas tão ridícula que perto da do Hobbit (e de toda a saga do Anel) nem toda a tecnologia do mundo seria capaz de tornar o filme de Cameron mais interessante que do Jackson... E sequer o resultado de toda a tecnologia empregada nos filmes é digna de comparação, pois o Hobbit é simplesmente impressionante. Fico até sem palavras. 

A "nova tecnologia" do "O Hobbit" fez com que o filme fosse rodado em 48 quadros por segundo ante o normal 24. No fim, o resultado é que nas cenas de ação - ou cenas que devem mostrar velocidade de ações - o detalhamento da visualização é melhor percebido pelo olho humano. 
O filme no cinema é composto por uma série de fotos que são exibidas em sequência, e a velocidade desta exibição é medida em frames por segundo, ou seja, quantas imagens são apresentadas por segundo. O micro tempo da transição destas fotos (ou seja, o tempo referente a 1/48 s) não é percebido pelo olho humano pois Deus - ufa! - criou o recurso chamado retenção retiniana, que nada mais que uma memória da visão humana que faz com que não percebemos a transição entre cada foto exibida, pois o tempo que dura esta memória compensa a troca da foto da sequência e no fim tudo parece contínuo... Por fim, "O Hobbit" dobrou a quantidade de fotos que aparecem por segundo, ou seja, dobrou a resolução da imagem e resultado da visualização dos movimentos ficou absolutamente impressionante.
Este recurso (48 frames por segundo, fps) pode não estar disponível em alguns cinema - inclusive não está na maioria dos cinemas do Brasil, porém, mesmo assistindo sem o novo recurso o resultado ficou muito bom. Em Curitiba somente algumas salas são 48 fps: UCI Estação - Sala 6, Cinemark Mueller - Sala 8, 
Cinemark Barigui - Sala 1). Acho que vou ter que assistir de volta.

Tecnologia a parte, a história é tão boa quanto àquelas dos "antigos" anéis. Sem muita novidade, diga-se de passagem. O que achei muito bacana foi a revelação mais detalhada de como o Bilbo Bolseiro acha o famigerado anel, apesar de isso não ser o principal da trama.

Também achei que este primeiro filme teve forte apelo ao público mais jovem, talvez a intenção seja criar uma nova legião de fãs... Acho que para os menores vai funcionar muito melhor que para os adultos.

Uma nota sobre o pré-filme: Vi um impressionante trailer do novo Star Treck - Além da Escuridão (estréia prevista para junho/2013). O que mais me chamou a atenção foi o inusitado trailer, que ao invés de fazer como os trailers tradicionais, que são montados com fragmentos do filme principal, este que vi exibia um trecho inteiro do filme (acho que mais de 5 minutos seguidos). Parece bem interessante.

Classificação: 3 Narigadas.

Honra ao mérito visual: Classificação: 5 Narigadas



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