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Filme (4.5): "Filhos do Paraíso", Irã, 1997

Gostei da ideia de colocar o mapa mundi para localização de países que normalmente não ouvimos falar, pelo menos na área cinematográfica...

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Assisti "Filhos do Paraíso" depois de outro filme, porém de uma nacionalidade mais nativa: "A Casa de Alice" - Brasil, 2007 -, e, neste post vou comentar dois filmes em um.

A Casa de Alice 
A razão dos dois filmes estarem registrados no mesmo post é porque eles compartilham de  uma mesma premissa, além de eu ter assistido-os coincidentemente um após o outro: como resolver "simples" problemas familiares. 
No brasileiro os problemas internos da família são mais complicados e consequentemente as soluções também. No outro os problemas internos são mais simples, porém a complexidade se dá na área social, no qual as soluções independem da força da família... Infelizmente há um abismo entre as duas "soluções" encontradas nos roteiros, abismo que consigo dar nome: honra.

A honra é algo que as pessoas (invariavelmente os seres-humanos) lutam para conquistar, porém é tão ingrato a sua busca que um milhão de coisas certas podem ser feitas para o seu crescimento e em apenas um  deslize tudo pode ser perdido. Nos filmes, as famílias não gozam de uma condição social prestigiada, porém no iraniano a honra, honestidade, lealdade aparecem grandiosamente ao resolverem um pequenino problema (1 par de sapatos para 2 crianças), porém no brasileiro acontece justamente o contrário, no qual falta de honestidade, deslealdade, infidelidade, são justamente as "ferramentas" que são usadas para complicar ainda mais os problemas familiares. 

Olha, toda a emoção que sentimos na família iraniana é transformada em raiva ao entendermos a família brasileira, porém, o paralelo é extraordinário e senti-los juntos foi uma experiência cinematográfica sensacional. No fim, acho que se cada filme fosse transformado em realidade, enquanto o outro continuasse ficção, e se cada família tivesse a oportunidade de assistir o filme do outro, ambos poderiam servir de lição para cada uma das famílias, um como algo a ser seguido e outro como algo a ser evitado.

Classificação (dos 2 filmes): 4 Narigadas e meia 

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