

"Qual é o tigre que aflige a sua vida?"
"O mar é a vida, mas quem seria o barco que faz você navegar por ela com tranquilidade e segurança?"
"Quem são os suricatos que fazem dos seus momentos mais difíceis uma grande lição?"
Arggg... Estas foram as perguntas que escutei daqueles que assistiram este "badalado" filme no dia 30/dez-2012, numa seção que começou as 21:00 no shopping Cristal em Curitiba... Mas o pior não eram as "intrigantes questões filosóficas que permeiam a nossa vida terrena", mas sim o ar pedante daqueles que as proferiam.
Tá, mas e o filme? Olha, eu achei que o filme tem exatamente o mesmo roteiro daqueles mensagens cheias de tentativas emocionais e mensagens motivacionais (quem nunca recebeu um trilhão de power points assim), nas quais após serem lidas querem que reflitamos sobre a nossa vida e de como tantas outras pessoas já sofreram e venceram, etc...
Além desta tentativa filosófica/emocional, o filme tem outro ingrediente que eu detesto: uma suposta base religiosa que permeia todas as ações dos personagens. Para explicar vou fazer outra comparação: o filme faz o mesmo que aquelas pessoas que percorrem uma série de religiões e diferentes igrejas (islã, cristianismo católico, cristianismo protestante, cultos orientais, espiritismo, etc.) e que se dizem super espiritualizadas e que creem num deus que é único, etc, etc... Pois bem, estas pessoas não percebem que seguir uma religião não é coletar apenas o que te interessa e descartar aquilo que são obrigações "desagradáveis" e, inclusive também não percebem que algumas religiões têm fundamentos totalmente opostos (misturar cristianismo e espiritismo é absoluta mente impossível pois fundamentalmente é impossível dissolve-los e criar uma coisa única - ressuscitar é a questão indissolúvel - )... Tá, e é exatamente isso que o filme faz, ou seja, misturar uma série de religiões (para supostamente não desagradar a ninguém) e criar uma "espiritualidade" sem identidade... Olha, um saco.
Por fim, assisti o filme em 2D o que me fez perder parte do atrativo do filme, pois é muito visual, mas felizmente economizei um pouco do meu rico dinheirinho (o que não consegui quando assisti "Avatar" no Imax).
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